sexta-feira, 31 de dezembro de 2010

EVANGÉLICOS E A DANÇA



Dançar no Culto é Pecado?

Altair Germano Altair Germano 
Pastor auxiliar da Assembleia de Deus em Abreu e Lima-PE, Teólogo, Pedagogo, Vice-Presidente do Conselho de Educação e Cultura da Convenção Geral das Assembleias de Deus no Brasil, 2º Vice-Presidente do Diretório Estadual em Pernambuco da Sociedade Bíblica do Brasil, conferencista e escritor.

A Revista Enfoque Gospel, na edição 84 de Jul/2008, publicou uma matéria intitulada EVANGÉLICOS E A DANÇA: PODE OU NÃO PODE?, onde consta a opinião de pastores, de músicos e de uma coordenadora de Ministério de Danças:

"dançar é: “movimentar o corpo em certo ritmo geralmente seguido de música. Ir de um lado para outro, balançar”. (Enfoque)

O fato é que nas igrejas evangélicas (incluindo nas Assembleias de Deus), há pelo menos quatro posicionamentos sobre o assunto:

1. Os que abominam radicalmente a ideia da dança no culto;

2. Os que ficam em cima do muro e chamam de "grupo de gesto" ou "grupo de coreografia" (uma questão de semântica) o que na verdade é grupo de dança (só não enxerga quem não quer). Batem palmas, batem o pé, levantam as mãos, balançam discretamente o corpo, mas afirmam não "dançam";

3. Os que entendem que a dança, dependendo do contexto cultural, da sinceridade e da espiritualidade do cristão pode fazer parte do culto (por exemplo nas igrejas Africanas, comunidades indígenas, contextos culturais brasileiros etc), desde que não promova escândalo, visto que espírito, alma e corpo fazem parte da adoração a Deus;

4. Os que liberaram geral e transformaram o culto em balada, baile funk, forró pé de serra, apresentação teatral etc.;

Faço parte do terceiro grupo. Já ouvi e li muitos argumentos aprovando ou reprovando a dança no culto, a grande maioria baseados naquela velha questão: se a Bíblia não reprova então pode, ou ainda, se a Bíblia não aprova então não pode (ambos fundamentados no silêncio da Bíblia sobre o assunto, em especial no Novo Testamento).

Respeito as opiniões contrárias, esta é a minha, e creio que é centrada num entendimento equilibrado dos princípios bíblicos que norteiam a adoração em espírito e em verdade.

"Mas vem a hora e já chegou, em que os verdadeiros adoradores adorarão o Pai em espírito e em verdade; porque são estes que o Pai procura para seus adoradores. Deus é espírito; e importa que os seus adoradores o adorem em espírito e em verdade." (Jo 4.23-24)



Altair Germano

segunda-feira, 13 de dezembro de 2010

Quando a Assembléia era de Deus...



Por Nelson Gervoni

Sou de família assembleiana, quando nasci meus pais eram da Madureira, tenho dois primos e um tio pastores no Ministério do Belém, um segundo tio é pastor de Madureira, meu sogro é presbítero e dirigiu diversas congregações da Assembléia, minha esposa nasceu e foi criada nesta igreja e atualmente me vejo pastor ligado à CGADB (Convenção Geral das Assembléias de Deus) através do Belém.

Meu espírito livre me levou a sair da Assembléia de Deus ainda jovem, fiz minha formação teológica num Instituto Batista e por último pastoreei uma igreja anabatista de origem alemã. Por algumas razões há três anos retornei à Casa onde nasci.

Não demorou muito e percebi que a igreja à qual retornara não era mais aquela de onde saíra. Senti-me como alguém que deixa a pátria onde nasceu e ao retornar se sente como um estrangeiro da terra natal.

As diferenças eram tantas que me lembrei de uma frase inúmeras vezes repetida por meu avô materno (nascido em 1901 e convertido ainda jovem na Assembléia de Deus da Missão). Quando via algum absurdo da parte da liderança da igreja, o velho dizia: “Quando a Assembléia era de Deus, isso não acontecia”. E acrescentava, dizendo: “os homens se juntaram e tomaram de Deus a Assembléia de Deus, que agora é dos homens...”

Por ser criança não compreendia ao certo o que o levava meu avô a afirmar isso. Entretanto, esses três anos de Assembléia de Deus me levaram a uma compreensão empática do velho. Ou seja, não somente compreendo, mas sinto o que ele sentia. Havia na expressão do meu avô uma vanguarda profética.

Hoje, não chego a afirmar que a Assembléia não é de Deus, pois ainda há nela um povo caminhante que, não obstante sua liderança, serve a Deus com sinceridade e aguarda a volta do seu Redentor. Mas talvez esta seja uma das poucas características que ainda lhe assegure o nome que tem. A Assembléia não é dos homens. É de Deus. Mas não há dúvida de que os homens – suas lideranças – estão tratando-a como os sacerdotes dos tempos proféticos tratavam a Casa de Deus. Se não, vejamos.


Centralização do poder econômico


A Assembléia de Deus perdeu sua característica de comunidade simples e é uma das igrejas mais ricas do Brasil. Isso a torna semelhante ao Clero Romano que tanto criticamos por sua centralização de poder. Se parece com o sacerdócio do Antigo Testamento tão criticado pelos profetas de então.

Em nível nacional sua riqueza se concentra principalmente na CGADB – que tem como uma das principais fontes financeiras a CPAD (Casa Publicadora das Assembléias de Deus), cuja arrecadação se assemelha a de grandes editoras, como por exemplo, a Abril – e no Ministério do Belém, hegemônico entre os demais ministérios ligados à Convenção.

Estrategicamente esse império, formado principalmente pela CGADB e Belém, se concentra nas mãos de pouquíssimas pessoas, lideradas pelo pastor José Wellington Bezerra da Costa, na presidência simultânea das duas entidades há mais de duas décadas.

Em níveis regionais o poder econômico é distribuído favorecendo os mesmos presidentes de Campo que em nível nacional apóiam e se locupletam com José Wellington. A gestão dos Campos reproduz a administração regional, com centralização de poder e de dinheiro.

É canalizada para a Sede do Campo toda a renda das congregações que em virtude disso perdem a autonomia para realizações descentralizadas. Para citar só um exemplo, a Congregação onde ajudei ultimamente necessita de manutenção das suas dependências, de infra-estrutura para a Escola Dominical das crianças e de instrumentos musicais. Tem uma arrecadação mensal estimada entre R$ 5 mil e R$ 8 mil (digo estimada, pois não se tem acesso à informação da sua arrecadação), mas como deve encaminhar integralmente seus ingressos à Sede, não pode atender suas necessidades locais. Com isso, os departamentos fazem malabarismo para arrecadarem algum dinheiro. Por exemplo, o Círculo de Oração (departamento feminino) faz pizzas e nhoque e vende para os membros, que já contribuem com seus dízimos e ofertas.


Hereditariedade do poder


Outro fenômeno que vem se reproduzindo nas últimas décadas, em especial nas AD do Estado de São Paulo, é a hereditariedade de poder nas esferas regionais. É comum pastores presidentes de Campo prepararem seus filhos para os sucederem ministerialmente. Por exemplo, no Campo de Presidente Prudente/SP o pastor presidente atual é João Carlos Padilha, filho do ex-pastor presidente Carlos Padilha. No Campo de Indaiatuba/SP o pastor presidente é Raimundo Soares de Lima que tem como vice-presidente e sucessor estatutário o próprio filho, pastor Rubeneuton de Lima, mais conhecido como Newton Lima. No Campo de Araçatuba o presidente é o pastor Emanuel Barbosa Martins e o vice-presidente é seu filho, Emanuel Barbosa Martins Filho. No Campo de Limeira o ex-presidente, pastor Joel Amâncio de Souza, fez como seu sucessor o próprio filho, pastor Levy Ferreira de Souza. Medida que foi pivô de considerável divisão na igreja.

Há uma grande possibilidade da hereditariedade de poder se aplicar em nível nacional, pois é de conhecimento dos pastores da CGADB que o pastor José Wellington prepara sua sucessão para um dos filhos, José Wellington Costa Junior, vice-presidente da AD em São Paulo, Ministério do Belém e presidente do Conselho Administrativo da CPAD.

Cabe uma pergunta em relação a isso: É Deus ou o homem quem escolhe o sucessor da presidência da igreja? Penso que a possibilidade de Deus escolher tantos filhos de presidentes como seus sucessores está descartada.

As igrejas do Novo Testamento não eram assim. As congregações escolhiam seus oficiais (Atos 6.1-6, 14.23) e não tinham um pastor presidente que dominava sobre elas.


Sem transparência financeira


Outra coisa que me intrigou ao retornar para a Assembléia de Deus foi descobrir que não é dado saber – senão a duas ou três pessoas da diretoria da Sede – nada sobre a movimentação financeira do Campo. Estima-se que num Campo como o de Campinas, por exemplo, a receita gire em torno R$ 1,5 milhão por mês. Não se sabe ao certo quanto entra e como é gasto o dinheiro; quanto ganha por mês o pastor presidente, pastores regionais e distritais. Recentemente ouvi de uma liderança leiga que o custo de manutenção do pastor presidente, no caso do Campo de Campinas, beira os R$ 60 mil mensais.

Sabe-se, no entanto que as congregações das periferias são pastoreadas por homens simples, que mal recebem ajuda de custo. Assim, muitos têm seus empregos para se sustentarem e os que não conseguem se empregar chegam a passar por privações e apuros financeiros.

A explicação para a ocultação orçamentária é a segurança. Afirmam que não divulgam suas contas para evitarem assaltos. Isso não é verdadeiro, pois qualquer assaltante bem informado sabe que igrejas movimentam rios de dinheiro. E uma coisa é divulgar aos quatro cantos o quanto a igreja arrecada, expondo-a a riscos de roubos, outra coisa é manter seus membros informados do total coletivo das suas contribuições. Afinal, igreja não é empresa privada, que somente o dono tem acesso às suas informações financeiras.

Do ponto de vista legal as igrejas são associações civis regidas pelo Código Civil e como tais, segundo a legislação, devem prestar contas de sua movimentação financeira aos associados, que no caso da igreja são os seus membros. Por exemplo, o Artigo 59, Inciso III do Código Civil diz que “Compete privativamente à assembléia geral (...) aprovar as contas” da instituição. Como poderão aprovar (ou reprovar) as contas sobre a qual pouco ou nada se sabe? Ou como aprovarão se sequer participam das assembléias, em cuja pauta não se coloca em votação a aprovação financeira?

Do ponto de vista bíblico não há nada que se pareça com isso. Não há no Novo Testamento uma associação de igrejas com um presidente arrecadando os ingressos das congregações para administrá-los centralizadamente, se beneficiando de altos salários.

Entretanto, a falta de transparência financeira não é um “privilégio” exclusivo das igrejas e dos Campos. Recentemente o pastor Antonio Silva Santana, eleito em 2009 primeiro tesoureiro da GADB, renunciou alegando falta de acesso às principais informações de caráter fiscal e financeiro da instituição.

Quando não se lança luz sobre uma questão tão importante como esta, obscurece-se a verdade, dando margens a dúvidas. Por exemplo, pode-se perguntar se o dízimo dos contribuintes não foi usado nas últimas eleições para financiar campanhas políticas de pastores candidatos a cargos eletivos.

Esse questionamento nos leva ao próximo assunto.


Vínculo com a política partidária


Não é preciso fazer nenhum esforço mental para perceber que estas características (centralização do poder econômico, hereditariedade do poder e falta de transparência financeira) são próprias das instituições contaminadas pelo abuso de poder, pela ganância, pelo nepotismo, etc. Trata-se de um quadro muito comum nas esferas da política partidária. Assim sendo, como “um abismo chama outro abismo” (Salmo 42.7), era de se esperar que a Assembléia de Deus refizesse (pelo menos tenta refazer), através de sua atuação político-partidária, o casamento entre a Igreja e o Estado, união responsável pelo apodrecimento da fé e cujo divórcio custou o sangue de mártires na História do Cristianismo.

Há atualmente em algumas igrejas a idéia de que “o povo de Deus precisa de representantes na política”. Particularmente tenho uma opinião desenvolvida sobre isso, exposta em recente artigo que escrevi, “Por que não voto em ‘irmão de igreja’”, publicado em meu blog pessoal. Mas, opinião individual a parte, o que mais assusta é o pragmatismo com o qual essa questão vem sendo tratada nas Assembléias de Deus ligadas à CGADB.

A 33ª assembléia geral ordinária da CGADB, realizada em Belo Horizonte em 1997 – e portanto presidida pelo pastor José Wellington – aprovou uma resolução que recomenda aos pastores titulares não se candidatarem a cargos eletivos. Para se candidatar deve o ministro se desvincular de seu cargo pastoral. A resolução é sábia, pois visa, entre outras coisas, poupar a igreja de envolvimento com escândalos políticos que nela respingam, como ocorridos em episódios conhecidos.

Entretanto, não obstante a resolução, recentemente o pastor José Wellington esteve em Campinas e, numa reunião com pastores num hotel, pediu a estes o apoio à candidatura a deputado federal de seu filho Paulo Roberto Freire da Costa – presidente do Campo de Campinas – sem sequer tocar no assunto da desvinculação proposta na resolução que ambos ajudaram a aprovar. Paulo Freire foi eleito e continua presidente da Assembléia Campinas, como se a resolução não existisse.

Ironicamente, a igreja de Campinas foi envolvida num escândalo político quando pastoreada por Marinésio Soares da Silva, antecessor de Paulo Freire. O escândalo foi protagonizado por uma filha Marinésio, na ocasião deputada federal, tendo causado muitos sofrimentos à igreja.

O equivoco de se misturar poder político e igreja foi esclarecido por Cristo numa conversa com seus discípulos, narrada em Marcos 10. Tiago e João reivindicaram o direito de assentar-se com Jesus, um à direita e outro à esquerda do seu trono. Eles não haviam compreendido que o reino de Cristo não se daria na dimensão da política terrena. Para esclarecê-los Jesus lhes disse: “Sabeis que os que são considerados governadores dos povos têm-nos sob seu domínio, e sobre eles os seus maiorais exercem autoridade. Mas entre vós não é assim; pelo contrário, quem quiser tornar-se grande entre vós, será esse o que vos sirva; e quem quiser ser o primeiro entre vós será servo de todos” (Marcos 10.42-44, com grifo do autor).

A fala de Cristo (grifada acima) sempre será atual. Alerta contra a centralização do poder econômico, a hereditariedade do poder, a falta de transparência financeira e outras mazelas. As instituições mundanas agem dessa forma, “Mas entre vós não é assim”.
O fenômeno da naturalização

Chama a atenção em todo esse processo o fenômeno da naturalização. Ou seja, todas essas características são vistas e vividas como muito naturais, pela liderança e pela chamada “membresia”. A centralização e a hereditariedade do poder, a falta de comunicação e clareza sobre as contas e o relacionamento – fisiológico, inclusive – com a política, são encarados como algo muito normal e, portanto, sem a necessidade de qualquer questionamento.

Todas essas peculiaridades geralmente são justificadas pela “unção” recebida pelo “homem de Deus”, inclusive com uma equivocada interpretação do texto bíblico que diz “Não toqueis os meus ungidos, e aos meus profetas não façais mal” (1 Crônicas 16.22 e Salmo 105.15). Assim, um “ungido” centraliza o poder e designa-o a quem bem entende – geralmente aos filhos – e os demais ungidos e profetas aceitam sem nada dizer. Da mesma forma, se ele é um “ungido de Deus”, tem autonomia, à custa da heteronomia dos demais, para administrar as finanças da igreja sem delas ter que prestar contas. Por outro lado, os membros se isentam da responsabilidade de fiscalizar, pois acreditam que seu papel é apenas trazer os dízimos (Malaquias 3.10) sem se preocupar com o que será feito dele.

As semelhanças desse modelo com a política fisiológica, voltada para projetos pessoais, são muitas. Isso explica o casamento da igreja com a política partidária.

Será que não estamos diante da síndrome de Eli?



***
Nelson Gervoni é pastor da Assembléia de Deus filiado à CGADB, é Coordenador de Projetos Educacionais do Instituto Souza Campos – Pólo Educacional da Universidade Luterana do Brasil em Campinas, SP e integrante do GEPEM da Faculdade de Educação da Unicamp. Artigo enviado pelo autor, para colaboração no Púlpito Cristão

sábado, 11 de dezembro de 2010

Dormindo na igreja


Na igreja, durante a pregação, sempre havia um homem cochilando. O pastor se sentia meio constrangido, e não conseguia dirigir e pregar bem nos cultos, vendo o homem dormindo. Passaram dois cultos, e o pastor não suportou mais o dorminhoco.

Então convocou um rapazinho, que cada domingo deveria sentar-se junto ao dorminhoco e dar-lhes cutucadas quando começasse a dormir e, por este serviço o rapazinho receberia R$ 2,00.

A primeira experiência do pastor teve pleno êxito. Passou-se, porém um mês, e o homem novamente estava cochilando e o menino firme em seu posto ao lado do homem, assistindo sem reagir.

Ao terminar o culto o pastor logo se dirigiu ao moço e perguntou: - Julinho, porque não cutucou o nosso amigo, não estou lhe pagando R$ 2,00 para fazer este serviço, todos os domingos? O menino olhou para o pastor e respondeu ingenuamente: - “sim pastor, é verdade, mas o nosso amigo está me pagando R$ 5,00 para deixá-lo dormir”.  

Porque você precisa estudar Teologia



Nathan W. Bingham

Palavras como teologia e doutrina têm conotações negativas para muitos cristãos. Isto é uma grande tragédia, pois acredito firmamente que todo cristão precisa estudar teologia em algum momento de sua caminhada cristã. Em nenhuma ordem em particular, aqui vão cinco razões de porque você precisa estudar teologia, e possivelmente algumas delas você não tenha considerado antes.

1. Você já é um teólogo.

Por que você precisa estudar teologia? Porque teologia não é uma coisa que apenas o professor de teologia tem – todos nós cremos em alguma coisa sobre Deus e, portanto, somos teólogos à nossa própria maneira. No entanto, o que precisa ser questionado é se o que você crê é correto, e o estudo da teologia pode ajudar a responder essa pergunta.

2. Seu amor por Jesus é intrisicamente ligado com seu conhecimento de sua Palavra.

Por que você precisa estudar teologia? Porque Jesus disse: “Se me amais, guardareis os meus mandamentos” (João 14.15). Ouvi alguém dizendo que o certo cristão pode não ser grande teologicamente, mas estava tudo bem porque ele realmenteamava Jesus. Entretanto, Jesus diz que se nós o amamos, obedeceremos o que ele ordena. Como nós podemos obedecê-lo se nós não vamos à sua Palavra para conhecer corretamente seus mandamentos?

3. Sua doutrina determinará como você vive.

Por que você precisa estudar teologia? Porque o que você acredita (sua doutrina) determinará como você vive (sua prática). Isto pode ser visto em sua vida cotidiana. Se você acredita que alguma coisa é venenosa, você simplesmente não a bebe. Similarmente, suas crenças sobre Deus e sua Palavra determinam como você vive dia a dia. Por exemplo, se você acredita que Deus fala somente através de sua Palavra então você a estudará diligentemente. Entretanto, se você acredita que Deus fala através de impressões e coisas parecidas, então você procurará por aquela pequena voz silenciosa. O exemplo acima drasticamente muda como uma pessoa procurará encontrar a vontade de Deus para sua vida, e ilustra porque você precisa estudar teologia.

4. Suas afeições determinarão o que você estuda.

Por que você precisa estudar teologia? Porque onde suas afeições estão colocadas determinará o que você gastará tempo estudando. Se seu hobby é fotografia você desejará estudar o assunto para saber como melhorar suas fotografias e aumentar seu amor e apreciação por esse passatempo. Da mesma forma, se você é cristão e sua afeição principal está sobre Deus, por que você não desejaria estudar a Palavra para aumentar seu amor e apreciação por ele e sua Palavra?

5. Sua humildade depende disso.

Por que você precisa estudar teologia? Porque sem estudar teologia, é possível que você pense muito bem sobre você, mas não bem o bastante de Deus. Se é verdade que o conhecimento incha (1 Coríntios 8.1), as Escrituras, pelo contrário, quando corretamente entendidas e aplicadas, darão a você, por exemplo, o conhecimento da depravação e miserabilidade humana diante de Deus, e também darão conhecimento da magnificência, santidade, soberania e graça de Deus, o que somente pode servir para levar um verdadeiro convertido a ajoelhar-se em humildade.

Possa Deus ser glorificado quando você estudar teologia, com o desejo de saber mais sobre sua revelação especial ao homem.

Fonte: Iprodigo

segunda-feira, 6 de dezembro de 2010

Raiz Coral e Sergio Saas: ADORADORES




Considerada como o melhor grupo Black Gospel da atualidade, o Raiz Coral trouxe para Bauru 18 integrantes para realizar um dos melhores shows gospel já realizados por aqui.
 Antes de começar o show, o Athos teve a colaboração do irmão André (líder do Ministério de Louvor Adorar’t) como entrevistador, para conhecer um pouco mais do Raiz Coral e de seu líder, Sérgio Saas..
Saas se mostrou o oposto do que apresenta no palco. Extremamente tímido, de fala baixa, Saas revelou ao Athos até uma “saia justa” que se meteu por causa da timidez.


Jornal Athos -  Como você começou no mundo da música ?

SAAS - Minha família é formada de músicos e por isso aprendi música desde pequeno. Trabalhei muito tempo com grupos na igreja e aos poucos fui começando a ter uma visibilidade. Com a visibilidade, a popularidade foi inevitável. Assim como as pessoas hoje pedem para gravarmos um DVD, muitos pediam para gravar eu um CD. Entrei no “Black Singers” e depois comecei a trabalhar com música secular e aí tudo foi começando a deslanchar.

Jornal Athos – Você ficou um tempo desligado do Raiz Coral. Porque isso aconteceu?

SAAS – Eu fiquei desligado do Raiz Coral durante um ano para produzir e gravar o meu primeiro CD Solo, o  “És o meu herói”. Isso foi no ano de 2005. Foi excelente para mim esse período, mas, não resisti e tive que voltar ao Raiz para fazer o que faço hoje. Amo isso que eu faço em todos os sentidos.

Jornal Athos – Analisando todos os seus trabalhos tanto solo quanto com o Raiz Coral, nota-se um desenvolvimento muito grande na área da composição. Como tem sido esse desenvolvimento em compor?

SAAS - Não é fácil compor. Eu escrevo muita coisa de mim. Minhas experiências com as situações e as conseqüências delas. Para se escrever uma música de vitória, por exemplo, você tem que passar por uma prova, vencer um desafio para poder chegar a um lugar de vitória e assim falar dele. Eu me baseio em minha própria vida para escrever. Junto o meu conhecimento teológico e minha experiência de vida. Faço tudo parecer um filme. Fico vendo as cenas enquanto escrevo. Faz mais sentido pra mim.
 André entrevistando Saas antes do show

Jornal Athos – Quantas pessoas forma hoje o Raiz Coral ?

SAAS – Nossa equipe é formada por 19 pessoas, 11 cantores e seis músicos. Houve um tempo que trabalhávamos com cerca de 30 pessoas, mas isso trazia uma maior dificuldade para trabalharmos. Hoje conseguimos ir a lugares mais distantes porque temos uma equipe reduzida.

Jornal Athos – Como tem estado a agenda de vocês ?

SAAS - A agenda, graças a Deus, está bem repleta. Temos muitos convites pelo Cd novo e também ajudado pelo programa “Qual é o seu talento”, do SBT. Estamos rumo ao disco de ouro. Ficamos muito surpresos com isso pela dificuldade dos nossos dias em alcançar este objetivo. Graças a Deus estamos alcançando.

Jornal Athos – Pode-se dizer que o Disco de Ouro hoje está mais difícil de ser alcançado pelo enorme crescimento da pirataria no meio evangélico?

SAAS – Acho que não só pela pirataria, mas pela informalidade. Qualquer pessoa baixa informalmente hoje as músicas pela Internet. Tem uma parte boa e outra ruim. Para fazer um trabalho como o “Vencedor”, fica muito caro. Não é um disco de vinte mil reais. É um disco muito mais caro.  Quando investimos nesse disco não visualizamos nada de financeiro de retorno. Visamos simplesmente o Reino.  Coloquei uma meta na minha vida de que eu nunca mais gravaria uma música para depois de um tempo eu ter vontade de gravá-la novamente. Faço o meu melhor. Para respeitar esse critério leva tempo. Isso solidifica nosso ministério, nossa música, a nossa carreira e até a nossa identidade. É importante passarmos algo em que acreditamos.

Jornal Athos – Você citou sobre o Programa “ Qual é o seu talento” do SBT. Como o Raiz Coral está vivendo essa nova experiência?

SAAS - Está sendo muito bom. Temos aprendido bastante com os critérios que temos que avaliar e pelos quais somos avaliados. Temos feito muitos contatos com pessoas não crentes dentro do SBT e com a mídia. Se for da vontade que cheguemos à final e vençamos este programa, vai ser uma benção. Vai nos ajudar a gravar o nosso DVD.

Jornal Athos – Algumas pessoas próximas a você disseram que antes de subir no palco, você fica um pouco nervoso. Mesmo com toda a experiência e tempo de estrada, isso ainda acontece?

SAAS – Sim. Isso rola mesmo. É um dos grandes gigantes que tive que enfrentar. Subir no palco, pegar o microfone e organizar as minhas idéias estando lá em cima. Confrontei-me com este gigante muitas vezes e em algumas eu perdi. Mas fui me acostumando com isso. Mas às vezes ele teima em me enfrentar (risos). Sou tímido e isso se acentua quando não estou tão seguro para fazer o que preciso. Isso me acompanha sempre, mas eu nunca desisti de enfrentar. A gente tem que aprender a lidar com essas coisas, para não deixar que isso nos vença.

Jornal Athos – Você já passou por alguma “saia justa” por causa da timidez?

SAAS - Sim. Na minha formatura de 8ª série eu fui cantar para todos os formando e convidados. Eram aproximadamente 1500 pessoas no auditório. Fiquei nervoso e esqueci a letra da música. Deu aquele “branco”. Aí eu comecei a solfejar a música tentando lembrar a letra. Chegou à segunda estrofe e eu ainda não lembrava da letra (risos). Aí todo o público caiu na risada. O pessoal me amolou por muito tempo. O duro foi que ainda cursei o 2º grau na mesma escola (risos).

Jornal Athos-  Qual é a história da música Vencedor?

SAAS – A música conta as nossas histórias. Ela foi criada em cima de assuntos pessoais meus. Muitas pessoas achavam que eu já tinha ido longe demais, colocavam os meus problemas em evidência. Mas a palavra de Deus fala que somos muito mais que vencedores por meio daqueles que nos amou. Se a Bíblia fala que somos mais que vencedores, quem é o homem que vai falar o contrário?

Jornal Athos-  Qual sua mensagem para quem está começando na música gospel?

SAAS – O que gostaria de dizer a esta moçada que está começando na música, é que não deixem o rótulo ser maior do que a mensagem que deve ser levada. Independente do ritmo que vai tocar, você deve ter o rótulo do propósito do evangelho, o rótulo de Jesus.

André e Saas após entrevista



Colaboração: www.jornalathos.com.br