terça-feira, 24 de maio de 2011

Onde está a nova geração que ia se levantar?



O sociólogo Zygmunt Bauman já dizia: “Todas as palavras da moda tendem a um mesmo destino: quanto mais experiências pretendem explicar, mais opacas se tornam". E de tempos em tempos, surge uma expressão, um jargão, um chavão, enfim, algo de moda, que evoque o lugar-comum e que tente se impregnar na cabeça das pessoas.

Ouvi, vi e li sobre muitos cantores dizendo que uma geração ia se levantar. Outros diziam que uma nova geração iria impactar o Brasil. Alguns chegavam a dizer que estava surgindo uma geração de adoradores, de apaixonados, de homens-bomba da fé... Enfim, conclamaram que a tal geração iria chegar. O problema é que o tempo passa, e as coisas permanecem praticamente do mesmo jeito.

A geração não chegou. Se ela chegou, o lugar dela tem sido nos momentos de louvor e de culto, nos quais as pessoas levantam as mãos, repetem refrões centenas de vezes durante vários minutos, mas não se mobilizam fora desses ambientes.

A geração não chegou. Se chegou, não tem sido tão operante numa sociedade impura ideológica, moral e – sobretudo – espiritualmente. O que se vê é um povo frio, uma sociedade pervertida, desunida, desumana, amoral e imoral.

A geração não chegou. Se chegou, ela está apenas na boca dos “geradores”, cujo número dos que fazem parte desse novo tempo está sempre estagnado. É uma geração que diz que tal cidade é de Cristo, quando a mesma cidade se descarrila para o abismo da iniquidade e da abominação.

A geração não chegou. Se chegou, ela é invisível ou alheia, pois seus novos participantes são imóveis, não levam a Boa Mensagem para os outros e não se pronuncia ante o pecado que corrompe aqueles que, por certo, carecem de salvação.

A geração não chegou. Se chegou, ela só quer saber de cantar, de marchar, de exorcizar, de mercantilizar, mas não liga para salvar vidas, estender a mão, levantar o imundo da escória, dar um novo recomeço a quem errou.

A geração não chegou. Se chegou, precisa se preocupar em arrancar ovelhas das patas do lobo feroz em vez de brigar com gerações de “outros pastos”.

A verdadeira geração sempre existiu. A geração dos que oram, que jejuam, que buscam, que intercedem, que falam com Deus, que estão além dos púlpitos, palcos e bancos, que vão além das palmas, dos pulos e dos gritos.

Não precisamos inventar geração disso ou daquilo por aí. A geração eleita já foi conquista por um alto preço, que não carece de invencionices para cair no gosto do povo.

"Porque nele vivemos, e nos movemos, e existimos; como também alguns dos vossos poetas disseram: Pois somos também sua geração." (Atos 17.28)


Fonte: Assem-Bereia de Deus

quarta-feira, 11 de maio de 2011

Aclamem a Deus






                Quero compartilhar com vocês sobre as formas que usamos para expressar o louvor e a adoração ao Senhor Deus. O que é louvar e o que é adorar?
                Louvar, no verdadeiro sentido da palavra, significa “dispensar elogios a alguém”, “exaltar”, “glorificar alguém”. Já adorar, etimologicamente significa “falar com”. O dicionário explica como “culto a Deus”, “amor profundo”. Jesus foi o grande inspirador do louvor e da adoração. Desde que nasceu, por onde passou, quando operou milagres, quando entrou em Jerusalém. Esses atos de louvor e adoração foram expressos de muitas formas.
              Recentemente, estive no culto fúnebre de uma irmã muito amada de nossa igreja. Meu pastor convidou todos a cantar um dos hinos da harpa cristã. Que coisa linda! Estávamos ali, juntos, na tristeza e na dor da perda de uma pessoa tão querida, louvando ao Senhor. Cantar é uma das formas que o salmista nos exortou a fazer: “Aclamem a Deus, povos de toda terra! Cantem louvores ao seu glorioso nome; louvem-no gloriosamente! Digam a Deus: Quão temíveis são os teus feitos! Tão grande é o teu poder que os teus inimigos rastejam diante de ti! Toda a terra te adora e canta louvores a ti, canta louvores ao teu nome.” (Sl 66.1-4).
             Certa vez, em uma igreja, enquanto cantávamos ao Senhor alguns hinos da harpa cristã, ouvi uma voz feminina atrás de mim muitíssimo desafinada. A forma que ela louvava ao Senhor, sem restrições, sem nenhum tipo de vergonha era de encher o coração de alegria. Foi maravilhoso poder sentir a sinceridade que fluía através da voz dessa irmã. Não é necessário ter uma voz maravilhosa ou cantar de modo afinadíssimo para poder louvar ao Senhor. O Salmo 66.8 diz assim: “Bendigam o nosso Deus, ó povos, façam ressoar o som do seu louvor”. O que quero passar para vocês, é que se faça ouvir, amado leitor.
             A expressão corporal também é uma forma de louvor. Louvar com o corpo, bater palmas, dançar e pular de alegria na presença do Senhor também é louvar ao Senhor. Tenho plena certeza que você já ficou tão alegre com Deus que quase não se conteve, não é? Deu aquela vontade de sair correndo, pular, abraçar o irmão que está do seu lado. A palavra de Deus nos dá a liberdade de fazer isso. Lemos em Salmos 47.1: “Batam palmas, vocês, todos os povos; aclamem a Deus com cantos de alegria”. Vemos sobre as danças como gesto de louvor em outras passagens bíblicas como nos Salmos 149.3 e 150.4. Fiquei maravilhado esses dias ao assistir um vídeo que mostrava a cura imediata de um paralítico na Coréia. Ele ao conseguir se firmar após levantar de sua cadeira de rodas e dar os primeiros passos, começou a exaltar ao Senhor com palavras e passou a dar pulos de alegria, tudo para glorificar ao Senhor.
              Há, porém, situações completamente avessas às apresentadas até agora. Momentos em que não conseguimos dizer nem sequer uma palavra diante de Deus. Louvamos no silêncio também. Lembra-se da passagem de Daniel 10, quando o anjo mostra a Daniel todos os acontecimentos dos últimos dias? No verso 15 deste capítulo, Daniel disse: “E, falando ele comigo essas palavras, abaixei o meu rosto e emudeci”. Este silêncio nos mostra que em algumas situações, as palavras podem ser insuficientes. O ato de silenciar-nos na presença de Deus, nos dá a oportunidade de conhecê-lo com mais profundidade. “Aquietai-vos e sabei que eu sou Deus” (Sl 46.10). Como vimos, podemos louvar ao Senhor de muitas maneiras. Somos livres! Livres para adorá-Lo, para bendizê-Lo.               Peço que você esteja atento ao lugar onde você louva. Talvez na sua igreja a liturgia não permita que você dance ou bata palmas. Respeite isso. Faço minhas as palavras do apóstolo Paulo à Filemom: “Escrevi-te confiado na tua obediência, sabendo que ainda farás mais do que digo” (Fm 1.21). Tenho a certeza que você encontrará outras formas de louvar ao Senhor.

Ósculos e amplexos!