quarta-feira, 28 de março de 2012

Tirando as nossas sandálias

Fetti - Moisés e a Sarça Ardente - Kunsthistorisches Museum, Viena


                       Que a paz do Senhor e Salvador Jesus Cristo seja com você. Louvado seja o Senhor pelo mês que se passou. No texto anterior tratamos sobre a Soberania do nosso Deus e tenho a certeza que, assim como eu, você passou a observar este atributo na sua adoração. Como é maravilhoso saber que “o Senhor é Deus, em cima no céu e embaixo na terra” (Dt 4.39). Este mês eu quero tratar sobre mais um atributo maravilhoso de nosso Deus: sua Santidade. Deus é Santo!
                      A santidade de Deus é gloriosa e majestosa. Por ser Santo, é impossível haver um ato errôneo ou injusto da parte dele. Às vezes cantamos e em meio à adoração declaramos: Tu és Santo, Senhor! Exaltamos a Tua Santidade! Mas quando encerramos o nosso momento de culto ao Senhor, indagamos ao Senhor sobre algo que nos acontece que vai contra o nosso desejo, o “colocamos na parede” por algum fato ou pensamento, não compreendendo que os atos de Deus são sempre corretos e seus feitos sempre justos, pois Ele é Santo. Como é maravilhoso saber deste atributo e compreender com um pouco mais de profundidade o verdadeiro sentido da palavra “Santo” quando relacionada ao nosso Deus.
                     Moisés cantou: “Ó Senhor, quem é como tu entre os deuses? Quem é como tu, glorificado em santidade, terrível em louvores, operando maravilhas?” (Ex 15.11) Moisés era íntimo de um Deus que já se havia mostrado Santo quando bradou por ele em meio á uma sarça que não se consumia. Moisés teve que tirar as sandálias dos pés, pois a terra havia se tornado Santa, pela visitação do Deus Santo. Tirar as sandálias ou sapatos para alguém no Oriente é uma forma de respeito, reverência.
                     Esse detalhe deve nos fazer pensar se estamos nos apresentando de forma digna perante o nosso Deus nos momentos de adoração e até mesmo no decorrer do nosso dia a dia. Quando “tiramos as nossas sandálias” mostramos ao nosso Deus que reconhecemos a Sua santidade e mostramos a Ele quem verdadeiramente somos. Ao “tirarmos as nossas sandálias”, reconhecemos que somos falhos, pecadores, homens e mulheres indígnos. Isaías ao se deparar com a santidade de Deus bradou: “Ai de mim que vou perecendo! Porque sou um homem de lábios impuros...” (Is 6.5). Já Pedro, diante de Jesus, após ver o tamanho do milagre que ele realizara ás margens do lago de Genesaré disse: “Senhor, afaste-se de mim, pois sou um homem pecador” (Lc 5.8). Ao “tirarmos as nossas sandálias”, reconhecemos que Deus odeia o pecado e que se não fosse a sua misericórdia, estaríamos literalmente “fritos”. Habacuque nos lembra de que os olhos do Senhor são tão puros que “não suportam ver o mal” (Hc 1.13).
                      Quando falamos que “adoramos”, só conseguimos fazer isso se, de fato, reconhecemos esse atributo de Deus. Não tem como adorá-lo se não nos colocarmos na posição de servos, nos humilhando, tirando perante Ele as nossas “sandálias” do orgulho, da prepotência, da inveja e do pecado (que nos afasta dele). O adoramos porque Ele é poderosa e soberanamente Santo e ninguém é semelhante a Ele. O adoramos porque somos cristãos, seguidores de Jesus Cristo, o Filho de Deus, que era Santo. O adoramos porque buscamos cumprir a ordem que Ele mesmo nos deixou: “sedes santos” (Lv 11.44 / I Pe 1.16). Posso dizer claramente que essa ordem da parte de Deus é possível de ser cumprida mesmo em meio a este mundo mal e pecaminoso. Jesus conseguiu!
                   Como você tem se colocado perante o Santo dos Santos? Que em todo o momento que for falar com o Pai ou se colocar diante dele para adorá-lo, você possa observar a “terra que você pisa” e realmente tirar de seus pés as “sandálias”, reconhecendo a santidade de Deus para que com isso, você “viva” o momento de adoração, que você sinta no profundo de sua alma o que vem da parte de Deus e desse modo, consiga adorá-lo em Espírito e em verdade!
                    Um excelente mês para cada um de vocês na paz do Senhor Jesus e em adoração pura e verdadeira! Tenho a certeza que você será grandiosamente abençoado ao buscar contemplar a santidade de Deus em adoração e louvor. 

Ósculos e amplexos!


andré_adorart@hotmail.com

sábado, 25 de fevereiro de 2012

Adorando o Deus Soberano



                 A pergunta que não quis calar e que, pude notar, tocou muitos dos que leram esta singela coluna na edição passada foi: “Como adorar quem não conhecemos?” Não tem como, não é?! Para você que se preocupou com o que leu e viu a necessidade de conhecer com mais profundidade quem é Deus, quero apresentar nesta edição, alguns dos atributos de Deus que vão te fazer compreender com mais exatidão o porquê Ele deve ser adorado e exaltado por mim e por você.
                 Quantas vezes você já ouviu ao seu lado, em um momento de adoração na sua igreja, alguém exclamar que Deus é Soberano? O que significa a palavra “soberano”? Segundo o dicionário, soberano é aquele que está revestido de poder, poderoso ou potente em seus atos e efeitos, excelso, supremo. Todas essas palavras ainda são muito pequenas em sentido para realmente expressar a soberania do nosso Deus. Deus, o Pai, é infinita, perfeita e eternamente soberano. O Rei supremo. Na Bíblia está escrito: “que o Senhor é Deus, em cima no céu e embaixo na terra” (Dt 4.39). 
                  Ao falar sobre tamanho poder, lembro-me também da passagem de Daniel 4. Nabucodonosor havia sonhado e chamou os seus astrólogos e videntes para interpretarem seu sonho. Nenhum deles conseguiu. Foi quando, Beltessazar (que era Daniel), entrou na presença do rei e interpretou o sonho que de imediato se cumpriu. Nabucodonosor foi tirado de dentre os homens, passou a comer erva como o boi, perdeu a sanidade mental.                       Passado o tempo determinado por Deus para que ele permanecesse daquela forma, ao voltar a razão sobre ele, a bíblia diz: “Mas ao fim daqueles dias eu, Nabucodonosor, levantei meus olhos para o céus e tronou-me a vir o entendimento e eu bendisse o Altíssimo, e louvei e glorifiquei ao que vive para sempre, cujo domínio é um domínio sempiterno e cujo reino é de geração em geração.  E todos os moradores da terra são reputados em nada, e segundo a sua vontade ele opera com o exército do céu e os moradores da terra; não há quem possa estorvar a sua mão, e lhe diga: "Que fazes?” (Dn 4.35-36).
                   A Bíblia relata que após essa declaração da parte do Rei, a razão voltou sobre ele, sendo assim restabelecido sobre seu reino e teve sua glória aumentada. Dá para imaginar o quão Soberano Deus é através das palavras de Nabucodonosor.  O fato de ele reconhecer que Deus era Excelso e Supremo mudou a sua história. Tirou ele do meio dos bois para colocá-lo novamente no lugar de onde saiu.
                   Lembre-se sempre: “Deus é o Bendito e único Soberano, o Rei dos Reis e Senhor dos Senhores, o único que é imortal e habita em luz inacessível, a quem ninguém viu nem pode ver. A Ele sejam honra e poder para sempre. Amém!” (I Tm 6.15-16).
                   Agora você conhece um pouquinho mais do seu Deus, mais um atributo que te fará adorá-lo ainda mais.

Permaneça na paz de Cristo Jesus!

Ósculos e amplexos!