sábado, 6 de novembro de 2010

Líderes não são maiores do que a graça de Deus


"Aquele, pois, que cuida estar em pé, olhe não caia".
Ah, se todos nós, que somos considerados líderes, tirássemos as nossas máscaras e vivêssemos o discipulado em sua forma simples e bíblica. Ah, se abríssemos mão de certos caprichos, vaidades, presunção, arrogância, orgulho, farisaísmo, ostentação e viéssemos para a planície. Quanto ganhariamos! E a igreja também! Não generalizo, mas uso a linguagem da inclusão ao pensar que muitos de nós estamos de fato incorrendo nessa gravíssima falha. Sei que o desenvolvimento pessoal é parte do nosso crescimento. Mas considerar tudo o que conquistamos como esterco (tem lá o seu valor) é um dos princípios da vida cristã. 

O que está em cena, aqui, não são as nossas conquistas em si mesmas, mas o pedestal, a glória humana, a fantasia, a hipocrisia, o aplauso e a consequente perda de referenciais. Achar que somos tudo, quando, na verdade, nada somos. Ou passar uma falsa humildade, que, no fundo, pretende que as pessoas olhem para nós e digam: "vocês são mesmo os tais!" Esse é o cerne. Quantas vezes pregamos e, ao final, nos sentimos frustrados, quando as pessoas não nos procuram para "elogiar" a nossa pregação! Quantas vezes chegamos de propósito atrasados ao culto para que a assistência nos olhe com admiração e, se não pode falar alto, pelo menos pense ou cochiche: "Está chegando o pregador!" Esse é o ponto. 

Infelizmente, trazemos para a nossa realidade da fé um pouco (ou muito?) da herança católica que faz o povo olhar para os seus líderes como infalíveis. Estes, por sua vez, vestimos a farda com muita facilidade. A partir disso, passamos a ser os reis da cocada preta (sem racismo, por favor. Pode ser branca também!). Até na forma de andar, gesticular ou fazer alguns trejeitos, expomos a aura da infalibilidade que tanto massageia o nosso ego. Não conseguimos ser simples, e, se tentamos aparentar simplicidade, fazemos de maneira tão afetada que logo transparece a prepotência. Como neste conhecido bordão: "Fulano é tão humilde que tem orgulho da sua humildade".

Só que a casa cai. Não há arrogância que dure para sempre. De tempos em tempos, para a nossa tristeza (e também aprendizado), surge uma nova notícia, dando conta do fracasso de um líder, que muitos o tinham como o grande referencial e o tratavam, não com o respeito que todos merecem, mas com idolatrada veneração. Podemos chegar a este ponto, quando perdemos os nossos limites. Quando achamos que não temos de prestar contas a ninguém. Quando nos colocamos no pedestal acima dos "simples mortais". Quando não nos reconhecemos como o principal dos pecadores, à semelhança de Paulo. Quando deixamos de olhar as "nossas justiças como trapos da imundícia". Quando achamos que somos maiores do que a graça de Deus. Quando o pecado torna-se apenas um detalhe que não nos importa em nosso dia a dia. Quando, por confiar em nossa autossuficiência, não buscamos ajuda em nossos momentos de fragilidade.

Creio que Deus permite a exposição de alguns dentre nós, trazendo à tona todos os apetrechos escondidos no seu coração, para que o povo perca essa visão "divinizada" da liderança, e nós, que somos tidos em tal condição, possamos humildemente dizer como João Batista: "É necessário que ele cresça e que eu diminua", ou como Paulo: "Miserável homem que eu sou! quem me livrará do corpo desta morte?" Ao contemplarmos tais situações, por outro lado, nossa atitude deveria ser a de vestir-nos de sacos e assentar sobre as cinzas para chorar os nossos pecados pessoais e coletivos, orar pela restauração de quem está sendo tratado pelo Senhor e, com inteireza de coração, nos expormos aos braços amoráveis do Pai para deixar de ser sustentados pelas nossas próprias pernas.

Líderes são necessários na igreja desde os primeiros dias do Cristianismo. Atos dos Apóstolos descreve a sua existência. As epístolas tratam de forma clara o assunto. Mas não formam casta especial. Privilegiada. Com alguns galões que possam distingui-los dos demais crentes em sua relação com Deus. Não são pequenos deuses para ser glorificados pelos homens. São modelos, inclusive na fraqueza, para que possam pelo exemplo mostrar aos que lideram, no mesmo nível, que só pela graça - unicamente e apenas pela graça - sem qualquer outro privilégio, podem superar as falhas e buscar a santificação, sem a qual ninguém verá o Senhor. E aí todos saberão que ninguém é melhor do que ninguém ou ocupa lugar especial à direita ou a esquerda do trono de Deus.

Somos humanos, fracos, faliveis, necessitados, dependentes, incapazes em nós mesmos, para os quais o Senhor, que enfrentou todas as nossas fraquezas em sua humanidade, pode dizer: "A minha graça te basta".

quarta-feira, 3 de novembro de 2010

MEU QUERIDO PASTOR PORNO?




1.Sou o pastor de uma igreja pequena. Já faz um tempo que estou de olho nesse site e percebi que já estava na hora de eu me manifestar. É muito simples, minha vida está uma bagunça. Sim, como você pode imaginar eu tenho esse pequeno segredo sórdido chamado pornografia. Eu tenho conseguido esconder isso de minha esposa, minhas duas filhas adolescentes e de minha pequena igreja, e eu não passo um dia da semana sem me sentir culpado.
Eu levo uma vida dupla. Sou pastor em período integral, mas na maior parte do tempo eu fico sozinho no escritório da igreja baixando muitos vídeos pornôs da internet, e eu me sinto simplesmente incapaz de conter isso. Eu até mesmo comprei um HD extra só pra manter esses vídeos, mas ele já está ficando cheio.
As horas mais dolorosas de minha vida são quando minhas filhas me dão um abraço e dizem que me amam e que acham que eu sou o cara mais legal do mundo. Isso dói, mas ainda assim é melhor do que ter duas filhas furiosas me amaldiçoando por causa de meu vício com pornografia. Já faz anos que minha esposa e eu não temos mais momentos íntimos, porque eu simplesmente não sinto mais vontade de estar com ela. Ela não faz todas as coisas sacanas que as garotas dos vídeos fazem e ela também não é tão atraente quanto elas.
Ela definitivamente não está interessada no estilo “Playboy” de ser. Felizmente, ela não é muito interessada em sexo, então acho que ela pensa que é legal o fato de eu não procurá-la nesse sentido. Mas de certa forma isso é muito patético. É como um carro sem ar condicionado no verão de carioca: ele funciona, mas é uma droga.
Então pessoal, fiquem longe da pornografia a qualquer custo! Se você não consegue, ao menos esconda bem da sua família e da sua igreja. É melhor fazer isso do que fazê-los passarem por um inferno. No meu caso, eu já desisti de mim mesmo. Eu simplesmente oro para que Deus use minhas pregações independentemente de minhas lutas pessoais, assim mais pessoas viriam para dar suporte à igreja. O evangelho precisa seguir em frente apesar de meus problemas pessoais.
Isso é o que importa.

2.Eu fui um viciado por mais de 20 anos até que minha esposa me pegou e ameaçou me deixar. Eu me arrependi, fui expurgado, busquei ajuda o mais importante, eu procurei um mentor. Eu já tinha me desligado de meu ministério em tempo integral porque eu consegui enxergar claramente as limitações de estar divido entre minha mente e minha alma.
Eu instalei um filtro anti-pornografia em todos os meus computadores. Sim, eu tive recaídas, porém não me entreguei. Agora minha esposa sabe quando eu estou em tentação porque eu ajo de uma forma bem diferente – e é uma tentação descobrir estas diferenças encobri-las. Mas graças a Deus que eu tenho alguém que me conhece tão bem e que pode me ajudar a ficar limpo.
Eu não sei se tenho sido curado ou não – eu tenho confessado assim, porém, logo eu encaro a tentação novamente.
Ao pastor que, como eu, pensou que poderia continuar com essa vida dupla: você não pode. Esse vício ataca bem no meio de você, e você não consegue ser a mesma pessoa que seria sem esse vício. Você pode ser livre, mas você não poderá ser um canal de benção e verdade de Deus se você estiver no vício.
Purifique-se, a qualquer custo.
Eu já palestrei a grupos de homens, retiros e até mesmo grupos de jovens sobre meu problema, e foi incrível como pessoas vieram até mim momentos, semanas ou meses depois para dizer que minha experiência as deu força para lutar e expor o seu vício.
Essa é uma alegria imensa. Mas eu sei que, sem sombra de dúvida, que havia homens e mulheres nessas reuniões que precisavam abrir o jogo e não abriram. Esta é uma dor que sinto no meu coração. Essa dor é quase a mesma que senti quando meu filho caiu em pecado com uma mulher mais velha. Quando tudo desabou e “o mundo caiu” ele também admitiu seu vício com a pornografia.
Pessoal, isso não é algo que pode ser integrado com um ministério honrável de Cristo, e cada homem tem seu ministério, quer com a igreja, quer com sua família.
3.Todos esses homens compartilhavam algo em comum: eles se tornaram viciados com um comportamento sexual compulsivo. Um acha que não tem mais solução outro vive uma esperança em Cristo, você vive qual situação?
Vício é um conjunto de hábitos pecaminosos de pensamentos e ações que se transformam em um estilo de vida. Assim, existem aqueles que desenvolvem um estilo de vida de satisfação sexual e tornam-se viciados no “clímax” associado à atividade sexual, da mesma maneira que outros se viciam na euforia do álcool ou das drogas.
Quando os homens enfatizam demasiadamente a importância do sexo na vida deles, este começa a ditar-lhes um estilo de vida, e eles ficam obcecados por pensamentos sexuais. No fim, perdem o controle sobre com que freqüência, com quem e sob quais circunstâncias terão relações sexuais. Eles tornam-se prisioneiros de um comportamento sexual compulsivo. O que começa como “apenas se divertindo um pouco” ou “satisfazendo os desejos normais”, gradualmente os atrai cada vez mais fundo para o lodo da escravidão.
Se continuarem sem se arrepender, Deus irá entregar-lhes a um sentimento perverso (Rm 1.28).
Você gostaria de sair dessa? Devemos uma pergunta “O quanto você se importa? Quando chegar ao ponto em que realmente não agüentar mais o pecado em sua vida, estará disposto a fazer qualquer coisa, até mesmo tomar-se vulnerável a uma outra pessoa? O que o deteria? Somente o desejo de salvar as aparências, a reputação, e proteger-se. A libertação real do pecado sexual jamais será possível até que o coração esteja aberto e exposto. Evitar falar, encobrir e mascarar o verdadeiro eu somente o manterão preso nas trevas.
O que você escolhe? Saiba que a verdadeira revelação sobre a graça de Deus é que sua vitória sobre o pecado não é por causa dos seus esforços, mas por causa da graça maravilhosa de Deus!



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