sábado, 7 de maio de 2011

NÃO NEGOCIAMOS PRINCÍPIOS!



Para a tristeza de todos aqueles que amam a Palavra de Deus e buscam viver uma vida digna de modo sóbrio, justo e piedoso, no último dia 05 de maio o STF e seus nobres juízes decidiram de modo arbitrário algo que a maioria da população brasileira não aceita: a idéia de que um “casal” homossexual seja visto como uma unidade familiar. Não se viu o bem comum, mas apenas o bem de um grupo que deseja se sobrepor sobre os outros como se não houvesse leis que defendessem o ser humano. As leis devem cumprir seu papel de defender os bons costumes e a integridade do ser humano e não favorecer grupos exclusivos.
Nossa palavra não é contra os homossexuais, aos quais já deixamos nossa posição bíblica de forma clara em outro artigo. A Igreja é contra o homossexualismo, não contra o homossexual. Ninguém em sã consciência deve tratar mal um homossexual, mas deve ajudá-lo segundo as Escrituras, pois Deus fez homem e mulher, estabelecendo um parâmetro familiar entre macho e fêmea, não entre pessoas do mesmo sexo (Gênesis 2:24). Mas precisamos reiterar nossa posição de forma clara, pois nossa obediência é a Palavra de Deus em primeiro lugar, pois “... É preciso obedecer antes a Deus do que aos homens!” (Atos 5:29).
Sim, o homossexualismo é pecado e desagrada a Deus, ou “Vocês não sabem que os perversos não herdarão o Reino de Deus? Não se deixem enganar: nem imorais, nem idólatras, nem adúlteros, nem homossexuais passivos ou ativos” (1Coríntios 6:9). Sim, nossa posição é contra aqueles “que praticam imoralidade sexual e os homossexuais, para os seqüestradores, para os mentirosos e os que juram falsamente; e para todo aquele que se opõe à sã doutrina” (1Timóteo 1:10). Sim, continuaremos a ensinar o que a Bíblia diz: “Não se deite com um homem como quem deita com uma mulher; é repugnante” (Levítico 18:22). Deitar aqui no hebraico significa “copular, um lugar onde se dorme e geralmente de conotação sexual entre homem e mulher”. Sim, a Bíblia é clara que “Se um homem se deitar com outro homem como quem se deita com uma mulher, ambos praticaram um ato repugnante...” (Levítico 20:13).
          Sim, queremos continuar tendo voz para manifestar nossa posição e não vamos nos calar, mesmo que nos ameacem. Sim, vamos lutar pelo nosso direito de expressão. Acreditar no que quiser é um direito intrínseco a cada ser humano. A consciência é foro íntimo, inviolável, sobre o qual outros não podem legislar. Mas muitos dos defensores do homossexualismo, em nome da “diversidade” querem tornar todos iguais e calar os “radicais”, os “conservadores”, os “fundamentalistas”, querem menosprezar a fé e a consciência dos que não concordam, tentando pichá-los de “ignorantes” e “fora-da-lei”. Esquecem, entretanto, que faz parte da nossa humanidade termos nossas próprias ideias, convicções e crenças. E é daqui que procede a outra liberdade, a de expressão, que consiste no direito de alguém declarar o que acredita e os motivos pelos quais acredita de determinada forma e não de outra. Nesse direito está implícito o “contraditório”, que é a liberdade de análise e posicionamento contrário às expressões ou manifestações de outras pessoas em qualquer área da vida. A liberdade de consciência diz respeito ao que cremos, interiormente. Já a liberdade de expressão é a manifestação externa dessas crenças.
A liberdade de consciência e de expressão do pensamento é garantida pela Constituição em vigor sendo assegurada a inviolabilidade dessa condição de igualdade. Se todos são iguais, todos podem expressar suas ideias, pensamentos e crenças, desde que os direitos dos outros sejam respeitados. Ao tratar dos direitos e garantias fundamentais, a Constituição diz no Artigo 5º no item IV que “é livre a manifestação do pensamento, sendo vedado o anonimato” e que “é inviolável a liberdade de consciência e de crença, sendo assegurado o livre exercício dos cultos religiosos e garantida, na forma da lei, a proteção aos locais de culto e a suas liturgias” (Art.5º - VI). A liberdade de expressão religiosa é decorrente da liberdade de consciência e consiste no direito das pessoas de manifestarem suas crenças ou descrenças. Aqui se incluem adeptos das religiões, do ateísmo e do agnosticismo. Conforme o mesmo Artigo 5º: VIII “ninguém será privado de direitos por motivo de crença religiosa ou de convicção filosófica ou política...”.
Portanto, não negociamos princípios. Somos contra o homossexualismo, não aceitamos a decisão do STF, não aceitamos chamar essas “uniões” de família. Somos fundamentalistas, porque cremos em fundamentos inabaláveis e eternos; somos conservadores sim, pois queremos conservar a célula mãe da sociedade, a família. Querem nos chamar de radicais? Pois nos chamem, pois nosso compromisso é radical por Aquele que fez tudo por nós e morreu na cruz para pagar nossos pecados. Cremos na restauração do ser humano e continuaremos pregando que a homossexualidade é pecado, que os homossexuais precisam de conversão e que a graça de Deus é capaz de restaurá-los.





Gilson Souto Maior Junior, pastor sênior da Igreja Batista do Estoril, Professor de Antigo Testamento e Hebraico na FATEO (Faculdade Teológica Batista de Bauru).

sexta-feira, 15 de abril de 2011

O que acontece quando adoramos?


               Que a paz do Senhor Jesus seja contigo caros internautas.
               Quero compartilhar com vocês, mais um pouco do que o Senhor tem me ensinado sobre adoração. Esse é um dos principais temas da Bíblia. Há 270 referências à adoração no livro sagrado.

               Li certa vez o seguinte comentário: “Hoje em dia, muitas pessoas acham que ser comovido por uma música é o mesmo que ser tocado pelo Espírito Santo, mas, são coisas diferentes” (Rick Warren – Uma vida com propósitos: você não está aqui por acaso).                           Devemos compreender que adoração é muito mais do que uma experiência emocional. Você sabe qual é o significado da palavra “adoração”? Já se preocupou em entender essa palavra da maneira correta? A palavra hebraica frequentemente usada para traduzir “adoração” significa “cair em reverência” ou “curvar-se”. Essas traduções nos mostram que a adoração a Deus é uma resposta a uma ação da parte Dele para conosco. É a resposta do meu amor ao amor Dele. 
              “Adoração” não é um exercício passivo. Você se lembra da passagem bíblica relatada em Lucas 7? Um fariseu chamou Jesus para comer com ele em sua casa. Uma mulher sabendo da presença de Jesus na casa deste fariseu se dirigiu para lá. Naquele tempo, as pessoas não se assentavam à mesa como nós, em cadeiras. Eles ficavam reclinados sobre ela, o que facilitou para que aquela mulher, chamada de “pecadora” por Lucas, chegar perto de Jesus e colocar-se aos pés Dele agindo como veremos a seguir.                      Olhe da seguinte forma: não havia nenhum grupo de louvor fazendo um som naquele momento, ela não cantou, não tocou teclado, não soltou fumaça no ambiente, nem mesmo apagou as luzes que talvez iluminassem o lugar para adorar ao Cristo. Simplesmente, ela chorou sobre os pés de Jesus, enxugou os pés molhados por suas lágrimas com seus próprios cabelos, derramou seu frasco de perfume que custava aproximadamente 300 dias de trabalho sobre os pés dele sem vacilar. Isso é um exemplo de “adoração”. Cada um de nós reage à presença de Deus de formas diferentes.
               Esse exemplo de Lucas 7 nos mostra o que acontece quando verdadeiramente adoramos. Aquela mulher era indigna à vista de todos. Ela teve uma atitude considerada vergonhosa mediante todos, mas Jesus viu o seu coração solitário e contrito. Um coração que buscava o perdão para a sua vida de pecado. Chegou desgraçada aos pés de Jesus e saiu perdoada, com o coração limpo. Que maravilha! Os exemplos bíblicos de adoração são os melhores modos de aprendermos como adorar. Leva-nos a profundidade.
               Tenho aprendido bastante sobre gratidão. Quando damos graças, nos lembramos de todas as bênçãos de Deus para nós. Você adora ao ser grato ao Senhor por tudo o que Ele fez e faz. O salmista Davi disse: “saiamos ao seu encontro, com ações de graças...” (Sl 95.2). Paulo na Carta aos Colossenses exortou a cantarmos “salmos, hinos e cânticos espirituais com gratidão a Deus em nossos corações, fazendo tudo, seja em palavra ou em ação, em nome do Senhor Jesus, dando por meio Dele graças ao Deus Pai” (Cl 3.16-17). Paulo novamente nos ensinou em sua carta aos Tessalonicenses: “Em tudo dai graças, porque esta é a vontade de Deus em Cristo Jesus para convosco” (I Ts 5.28). Então amados, lembremos sempre que uma oração de agradecimento pode não ser suficiente para mostrar ao Senhor sua gratidão. Expresse isso oralmente, ou até mesmo por escrito ou de alguma outra maneira, mas, sempre citando as bênçãos do Senhor. Isso se chama adoração! 
              O escritor e músico Rory Noland disse assim em um de seus livros: “A gratidão é uma das marcas do verdadeiro adorador”! Vamos exercitar a gratidão! A verdadeira adoração flui de um relacionamento genuíno com Deus. Nossas motivações devem ser corretas ao adorar. O objetivo é dar ao Senhor e não adquirir Dele. Você vai ver que quando você estiver reunido em sua igreja ou comunidade e juntos louvarem ao Senhor, o seu louvor fluirá de um modo diferente e você vai provar da diferença que faz ser grato ao Senhor. Permaneçam na paz de Cristo Jesus e até a próxima.   


Ósculos e amplexos!!