terça-feira, 15 de julho de 2014

Reverência ao Senhor em tudo


Olá amados leitores...



               Que a graça e a paz de nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo seja com todos!
               Li uma reportagem essa semana onde "cristãos" estavam divulgando uma campanha de intercessão a Deus para que a seleção argentina de futebol fosse campeão da Copa do Mundo FIFA 2014. Algo incomodou-me muito pois há uma semana atrás, vi uma fotografia de um "pastor" debruçado sobre uma Bíblia, intercedendo ao Senhor Deus Todo Poderoso em favor da seleção brasileira de futebol e pedindo vitória em uma partida.                 Acho que Deus não ouviu a oração deste "santo homem de Deus" porque a seleção levou um verdadeiro "pacote" da seleção alemã e foi desclassificada para a fase final do campeonato.
              Não estou defronte o notebook para perder meu tempo em falar sobre as coisas desse mundo, mas sim, para tentar chegar junto com vocês a uma conclusão a respeito de como o povo de Deus tem usado o nome do Senhor Deus em vão.
              Eu me recordo de que quando eu era criança, meu avô e meus pais sempre me falavam, quando eu dizia alguma coisa e pronunciava o nome de Jesus ou Deus em meio a uma conversa, que eu não podia fazer isso pois Deus não se agradava de tal feito. Naquela época mesmo eu fiquei intrigado com isso, então eu fui buscar na palavra um esclarecimento maior e encontrei esse texto: "Não tomarás o nome do SENHOR teu Deus em vão; porque o SENHOR não terá por inocente o que tomar o seu nome em vão". Ex. 20.7
               Eu sei que hoje as coisas são bem mais fáceis. Jesus veio à Terra, morreu em nosso lugar, abriu as portas até Deus onde eu e você podemos nos aproximar, falar diretamente com ele. Só que o fato de o véu ter se rasgado e aberto a comunicação direta ao Pai, não quis dizer que poderíamos avacalhar a esse ponto. A reverência
ao nome do Senhor tem sido deixada de lado. Os cristãos tem se esquecido que quando invocamos (chamamos, suplicamos, conjuramos, recorremos a, apelamos para) o nome de DEUS, estamos nos referindo ao maior Ser de todo o Universo, Aquele que criou todas as coisas, que tem poder para mantê-las. Essa palhaçada de ficar colocando Deus em coisas que são totalmente mundanas é uma total falta de sabedoria e conhecimento.
            Amados, a própria palavra diz que Jesus não mudou e declara que Ele continua e continuará sendo o mesmo (Hb13.8). Deus  continua o mesmo e com o mesmo pensamento que tinha quando deu as leis para Moisés divulgar ao povo e para serem seguidas. A sorte desse tipo de "cristão" é que Jesus está intercedendo por eles junto ao Pai e impede que ira dEle se manifeste e um raio os parta ao meio ou o chão se abra sob seus pés.
             Entre os modernos judeus ortodoxos o nome do Senhor é considerado tão sagrado que se considera blasfêmia pronunciá-lo. Hoje eles costumam chamar o Senhor de "Hashem", que em hebraico significa simplesmente “o Nome”. Muitos não reverenciam o nome do Senhor, usando-o em juramentos e impropérios (Lv 19.12).
Alguns tomam o nome de Deus em vão na sua linguagem frívola e insincera dizendo: "se Deus quiser..." quando não manifestam nenhum respeito pelo que
Deus quer (Tg 4.15,16; Mt 7.21).
             Irmãos, tenhamos um pouco mais de respeito a Deus, ao seu Nome Santo que é poderoso para curar, libertar e salvar, bem como as coisas relacionadas a Ele. Vamos nos aprofundar um pouquinho mais na Palavra e buscar a santidade pois Deus é Santo e não deixa escarnecer (Gl 6.7).
             Deseje bençãos sem pecar. Quer torcer para o seu time, pode fazer isso tranquilamente desde que você não coloque o nome de Deus no meio e que esse seu time não tome o lugar de Jesus em seu coração.

Santidade... Santidade.. pois Deus é Santo!

Ósculos e amplexos a todos !!

segunda-feira, 30 de junho de 2014

Advogada chama atenção das igrejas para violações das leis

Taís Amorim de Andrade Piccinini

                      A advogada e pastora Taís Amorim de Andrade Piccinini, de São Paulo, autora do livro “Manual Prático de Direito Eclesiástico”, chama a atenção dos administradores e pastores de igrejas para as muitas violações da lei que têm sido observadas nessas organizações religiosas, em todo o País. Segundo ela, na verdade, a igreja não perde sua característica de ser um ente espiritual, como ordenamento jurídico aplicado às igrejas e o surgimento dessa nova especialidade se deve, primeiro, ao crescimento das igrejas evangélicas, aumentando a incidência de questões que envolvem direitos e responsabilidade de ordem legal. “O que se deu também é que, por falta de conhecimento, muitas igrejas e até os profissionais que lhe prestavam serviços acabavam por aplicar equivocadamente a legislação nas questões envolvendo a igreja, trazendo vulnerabilidade nas relações. Surge, então, a necessidade de se alinharem os procedimentos legais, respeitando o envolvimento das coisas espirituais num mundo natural”, diz.
                   Para Taís Amorim, a ciência do Direito Eclesiástico se faz cada vez mais necessária a fim de regular e alinhar as relações que envolvem a igreja, a sociedade e seus membros, além de mantê-la nos padrões exigidos pela lei.Indagada por que hoje a igreja deve ser encarada como organização religiosa, prevista em lei, sujeita também a direitos e deveres, sendo que antes era considerada apenas um ente espiritual, a advogada declara que, “na verdade, a igreja não perde sua característica de ser um ente espiritual. Acontece que, porque estamos no mundo natural, temos que nos submeter aos regramentos de ordem natural. E esse é exatamente o papel do Direito Eclesiástico. É conseguir alinhar e equilibrar da melhor forma as coisas espirituais, num ambiente natural”. "Na verdade, a igreja não perde sua característica de ser um ente espiritual".
              Veja essa necessidade de se ajustar às questões de ordem legal surgiu naturalmente. Por exemplo, o nascedouro da igreja como ente dotado de personalidade jurídica: antes de a igreja ter sua personalidade jurídica estabelecida em lei, as pessoas se reuniam livremente para cultuar a Deus. Mas, ao decidirem por alugar um imóvel para as reuniões, ou comprar equipamentos, ou abrir uma conta para depositar os valores arrecadados, quem seria o responsável? Ou seja, as situações naturais levam à necessidade de se proceder com a organização legal. 
           A partir daí, havendo uma igreja constituída, surgem necessariamente relações diversas entre pessoas, entre esse grupo de pessoas e o Estado, entre as pessoas e o líder desse grupo, e, por conta de todas essas relações, nascem obrigações mútuas e, com isso, há que se ajustar legalmente todo esse movimento”, esclarece.Segundo ela, infelizmente ainda são muitas as irregularidades observadas na constituição e funcionamento de igrejas para as quais os pastores e administradores devem ficar atentos. 

“Eu vou listar as mais preocupantes:

* Estatuto mal elaborado, fazendo com que as igrejas atuem de forma equivocada em suas práticas eclesiásticas (exemplo: igrejas que não fazem mais eleições da diretoria, mas mantêm estatuto com essa condição); 
* Relação com os pastores mal ajustada, com equívoco no pagamento da prebenda (remuneração pastoral), podendo ensejar inclusive sonegação fiscal;
* Confusão patrimonial (pagamento de contas particulares dos pastores pela igreja); 
* Equívoco no tratamento dos tributos: confusão em relação à imunidade tributária, pagando o que não se deve e não pagando o que se faz necessário; e desvirtuamento da finalidade:
* Mau uso das verbas arrecadadas ou prática exacerbada de atividades secundárias (comércio de bens, serviços, etc...), deturpando o objetivo principal da igreja".

Fonte: www.pointrhema.com.br/