quarta-feira, 17 de setembro de 2014

NO DESERTO...





           Há momentos em nossa vida que as cores são em tom cinza, a alegria parece ter nos deixado, o vazio e a solidão nos cercam e assim quando nos damos conta percebemos que estamos no deserto. Muitos servos de Deus passaram por desertos inquietantes; no entanto, foi ali que eles perceberam a maravilhosa graça de Deus. 
           O rei Davi, num de seus instantes mais difíceis, diante da perseguição de Saul e assaltado pelos temores da morte diz a Deus: “Por isso, eu disse: Ah! Quem me dera ter asas como de pomba! Eu voaria e encontraria descanso. Fugiria para longe e me esconderia no deserto” (Salmo 55:6,7). Fica evidente que o salmista está angustiado e depressivo deseja fugir dos problemas e dilemas que lhe cercam. Eram inimigos físicos e imaginários, sua alma se perturbava diante da ferocidade e da ira de Saul. O que fazer? Apesar do tom melancólico do salmo Davi termina dizendo: “[...] mas eu confiarei em ti” (55:23b).
           Outro exemplo interessante é observar a experiência do profeta Elias. Depois da manifestação gloriosa de Deus no monte Carmelo, quando fogo desceu do céu e consumiu o altar restaurado – provando que Yahweh era o Deus de Israel – Elias foge porque ouviu a ameaça de Jezabel. Diz a Bíblia: “Mas ele entrou pelo deserto, caminho de um dia, sentou-se debaixo de um arbusto e pediu para si a morte, dizendo: Já basta, ó SENHOR. Toma agora a minha vida, pois não sou melhor que meus pais” (1Reis 19:4). Aqui Elias saiu do ápice de uma experiência espiritual para a depressão mais profunda; ali, debaixo do arbusto pede a morte e dorme como se esperando acordar em outro lugar.
          Observando esses dois gigantes da fé contemplamos a fragilidade de nossa humanidade. Andar com Deus nunca será uma caminhada segura e sem obstáculos; às vezes a estrada é longa, com muitos perigos, crises e por vezes passa pelo deserto. Adorar e servir um Deus invisível é a garantia de que vamos passar por momentos de dúvida e angústia, principalmente quando ansiamos alguma coisa ou colocamos alvos muito altos para nossa vida. Como um pai amoroso Deus nos guia e se chegamos ao deserto precisamos compreender que foi Ele mesmo quem nos levou até lá. Às vezes Ele mesmo nos dá uma ordem como fez com Israel: “Vós, porém, dai meia-volta e parti para o deserto, pelo caminho do mar Vermelho” (Deuteronômio 1:40; cf. Êxodo 13:18).
          Mas por que Deus nos guiaria para o deserto? Da mesma forma que Davi precisava ser lapidado em sua fé, e Elias precisava saber que não era o único em Israel, e o povo de Israel precisasse compreender quem de fato os tinha livrado do Egito, assim o Senhor usa os desertos da vida para fortalecer nossa fé, abrir nossos olhos e corrigir nossa direção. Sim, nos desertos Deus nos corrige, nos aprimora e fortalece nossa fé. O nosso grande problema é pensar que o deserto é o nosso fim; e assim ficamos amuados, reclamando e em alguns casos simplesmente esperando a morte.
         Um dos exemplos mais fantásticos de deserto – para mim – é o profeta Jeremias. Ele viveu um dos piores momentos da nação judaica e durante seu ministério ele passou do céu ao inferno; viu o surgimento de um rei justo e piedoso como Josias, acompanhou todo um processo de avivamento espiritual através da liderança desse rei; mas, de repente, lamentou a sua morte na batalha de Megido (2Crônicas 35:25). Jeremias viu aquele avivamento sumir logo após a morte do rei e surgir uma apostasia terrível. Ele não era mais ouvido e foi tido como traidor da nação, do templo e considerado por muitos um falso profeta foi jogado numa cisterna sem água. Ele viu a cidade de Jerusalém ser cercada pelos exércitos babilônios, milhares de pessoas morrerem de fome, de peste e da guerra, milhares serem deportados e sofreu a vergonha de seu povo. Ele passou por momentos de dúvida, de medo e angústia espiritual. Por vezes – e foram muitas – chorou e clamou a Deus, perguntando por que ele tinha que passar por aquilo. Por duas vezes disse que Deus o havia enganado (Jeremias 4:10; 20:7) e se sentia sozinho por causa de sua missão (Jeremias 15:17). Creio que ninguém chorou tanto na Bíblia quanto o profeta Jeremias. No entanto, ele sentiu a bondade de Deus apesar dos momentos de crise que ele vivenciou.
           Nos escombros de Jerusalém ele escreveu o livro das Lamentações. Esse livro expõe a tristeza, a esperança e a fé do profeta. Ele declara: “Restaura-nos a ti para que voltemos a ti, SENHOR; renova os nossos dias como antigamente” (Lamentações 5:21). Encontro aqui a melhor orientação para vencer o deserto espiritual que tanto afligem muitos cristãos.
          Em primeiro lugar o deserto é vencido com humildade. Quando nossa vida espiritual passa por momentos assim precisamos reconhecer que há algo de errado conosco. Deus pode nos levar ao deserto para fortalecer a nossa fé, mas também para lapidar erros ou coisas que precisam ser mudadas em nossa vida. Precisamos ter coragem e humildade de dizer: “Restaura-nos [...]”.
          Em segundo lugar, precisamos saber qual o alvo do deserto. Não somos levados ao deserto para morrer, mas para voltar ao Senhor: “Restaura-nos a ti para que voltemos a ti, SENHOR [...]”. Mais que corrigir nossa visão e aprimorar nossa fé, o alvo mesmo é que voltemos ao Senhor e o conheçamos melhor (cf. Oséias 6:3). O propósito de Deus é claro: “Todavia, eu a atrairei, levarei para o deserto e lhe falarei ao coração” (Oséias 2:14).
         O deserto é um chamado ao primeiro amor, àquela devoção e piedade que na caminhada fomos esquecendo e deixando para trás: “[...] renova os nossos dias como antigamente”. De tempos em tempos precisamos renovar nosso amor, nossa aliança e nosso compromisso. E assim, passando pelo sofrimento, dor e angústia, apesar da areia, do vento seco e do sol escaldante, podemos contemplar uma nuvem que nos guia de dia e uma coluna de fogo a noite. A fé consegue visualizar isso e simplesmente dizer: “Mas tirou seu povo como ovelhas e como um rebanho o conduziu pelo deserto. Guiou-os com segurança, de modo que não temeram; mas seus inimigos afundaram no mar” (Salmo 78:52,53).
 

Tenha uma boa semana em Cristo



Fraternalmente,

     Pr. Gilson Souto Maior Jr.
Igreja Batista do Estoril- Bauru/SP

quarta-feira, 10 de setembro de 2014

Luz x Trevas.... faça a diferença !

                 Que a graça a e a paz do Senhor seja com você, amado leitor. Você já parou para pensar na importância que há em estar na luz do Senhor? 
               O mundo atual é um verdadeiro "furacão espiritual". Por onde seus ventos passam, há destruição, sofrimento, dor, morte. O mundo é como um buraco negro. A sua escuridão é abrangente e expansível. A cada passo errado que damos, a escuridão toma conta de nossas vidas. Daí a necessidade de buscarmos com afinco estar na luz do Senhor Jesus Cristo. O apóstolo Paulo deixou uma palavra de despertamento à igreja em Éfeso: "Desperta, ó tu que dormes, levanta-te de entre os mortos e Cristo te iluminará"(Ef 5.14).                   A realidade do nosso mundo tem intensamente tentado encobrir a luz de Cristo na vida dos que seguem o evangelho. As coisas normalmente complicam para aqueles que com o passar do tempo, ficaram desatentos a voz do Espírito Santo e de uma forma ou de outra, estão "dormindo", cobertos pelo manto das trevas, do pecado, mesmo dentro de uma comunidade cristã, cercada da palavra e do louvor ao Senhor, em meio ao povo de Deus.
               Quantas coisas entraram no meio da igreja desde Paulo? A preocupação e o cuidado que Paulo tinha para com as igrejas que ele implantou não é exemplo nos dias de hoje. O recado foi bem dado: "Portanto, sejam imitadores de Deus, como filhos amados, e vivam em amor, como também Cristo nos amou e se entregou por nós como oferta e sacrifício de aroma agradável a Deus. Entre vocês não deve haver nem sequer menção de imoralidade sexual nem de qualquer espécie de impureza nem de cobiça; pois estas coisas não são próprias para os santos. Não haja obscenidade nem conversas tolas nem gracejos imorais, que são inconvenientes, mas, ao invés disso, ação de graças. Porque vocês podem estar certos disto: nenhum imoral nem impuro nem ganancioso, que é idólatra, tem herança no Reino de Cristo e de Deus. Ninguém os engane com palavras tolas, pois é por causa dessas coisas que a ira de Deus vem sobre os que vivem na desobediência. Portanto, não participem com eles dessas coisas. Porque outrora vocês eram trevas, mas agora são luz no Senhor. Vivam como filhos da luz, pois o fruto da luz consiste em toda bondade, justiça e verdade; e aprendam a discernir o que é agradável ao Senhor. Não participem das obras infrutíferas das trevas; antes, exponham-nas à luz. Porque aquilo que eles fazem em oculto, até mencionar é vergonhoso. Mas, tudo o que é exposto pela luz torna-se visível, pois a luz torna visíveis todas as coisas" (Ef 5.1-13).                  
               Uma palavra tão forte, que mostra o que não poderia acontecer, deixada como testemunho a nós deste século, simplesmente tem sido ignoradas por mim e você. Não é suficiente ignorar o pecado. Temos que condená-lo. Não é possível que eu você, com nossa displicência e imprudência espiritual, venhamos permitir que as trevas ofusquem a luz de Cristo em nós e ao nosso redor.           
           É chegado o momento de acordamos deste sono espiritual mencionado pelo apóstolo, e vivamos em plenitude estes últimos dias que Deus nos concede na face da Terra. Jesus Cristo está próxima demais para corrermos o risco de irmos para o inferno por simplesmente nos associarmos ao pecado e a tudo o que ele traz.          
           O diabo tem entrado no meio da igreja e destruído valores morais,espirituais e familiares, trazendo a corrupção e caos. Quantas pessoas estão dentro das nossas igrejas e vivendo uma vida miserável, cativas pelo diabo, cegas pelas trevas e tão próximas da luz?! O estado de um pecador arraigado é comparável ao que está em um sono profundo.               Há a extrema de necessidade de nos armamos com todo o aparato de guerra espiritual, cingindo os nossos lombos com a verdade, calçando os pés na preparação do evangelho (Ef 6)  e iniciarmos o combate às hostes malignas em oração e jejum para que as trevas sejam destruídas pelo poder que há no Sangue precioso de Jesus, o Cristo.                      Que eu e você possamos ser o "despertador" de pessoas que estão "adormecidas pelo sono do pecado, que possamos ser multiplicadores da luz do Senhor. Que o brilho da luz de Jesus seja motivo de despertamento, seja o que vai encerrar a escuridão do pecados das vistas do nosso próximo.

                                                   VIVAMOS NA LUZ !!  


                              Que Deus abençoe sua vida !! 

                                                 Ósculos e amplexos !