quinta-feira, 25 de setembro de 2025

1º SIMPÓSIO NACIONAL DE MISSÕES

                
                 Com o tema " O Salvador e o Rei Vindouro - Recuperando a visão plena do Evangelho Quádruplo", a ACEMBRAS (Aliança Cristã e Missionária Brasileira) através do Departamento de Missões da Aliança (DMA) tem o prazer de convidar você para participar do 1º Simpósio Nacional de Missões.
                 Em uma era de desvios teológicos e mudanças culturais, este simpósio nos chama ao fogo original da Aliança Cristã e Missionária. Uma oportunidade para refletirmos sobre Jesus como nosso Salvador e nosso Rei Vindouro, fundamento e motivação missionária para a igreja atual.

Junte-se a nós para lembrar quem somos e para onde estamos indo!








A igreja no LAOS precisa da tua oração

                 Um grupo de quatro famílias cristãs, totalizando dez pessoas, incluindo três crianças, se recusaram a renunciar à sua fé, o que motivou a serem expulsos de suas casas no Laos. Os parceiros locais da organização Portas Abertas visitaram as famílias que estão vivendo em tendas improvisadas, levando ajuda emergencial e encorajamento com a palavra de Deus. O grupo de dez pessoas se converteu em 2021 e, desde então, enfrentam pressão da comunidade onde viviam, que exige a prática do animismo e deixou claro que não queriam cristãos vivendo entre eles. Durante algum tempo, as famílias cristãs cederam e pararam de praticar a fé abertamente.
                     Em abril de 2025, os cristãos decidiram voltar a se reunir para cultuar ao Senhor e criaram um pequeno grupo. Quando as autoridades do vilarejo souberam, convocaram as quatro famílias para uma reunião, na qual o líder local ordenou que todos renunciassem ao cristianismo imediatamente, também declarando que caso eles não cumprissem a ordem, a comunidade estaria livre para persegui-los. Os cristãos, mesmo diante das ameaças, permaneceram firmes, dizendo que não abandonariam sua fé. Poucos dias depois, os vizinhos começaram a destruir as propriedades dessas famílias. Com lágrimas nos olhos, os cristãos só puderam assistir a suas casas serem demolidas, sem ter como se defender. Sem opções, e sabendo que permanecer ali traria riscos ainda maiores, as quatro famílias saíram do vilarejo no dia 22 de maio. Elas estão vivendo em abrigos improvisados feitos de bambu, vegetação e chapas de PVC. Seu futuro ainda é incerto.
                       Na visitação dos parceiros locais da organização cristã Portas Abertas os cristãos receberam comida, água e suprimentos básicos do dia a dia. As famílias ainda não sabiam o que fazer e estavam sem esperanças, mas receberam bem as orações e o encorajamento dos nossos parceiros locais.
Juntemo-nos em oração por esses dez cristãos em situação de vulnerabilidade e por toda a igreja perseguida no Laos.  

Ósculos e Amplexos! 


Fonte: www.portasabertas.org.br

terça-feira, 13 de fevereiro de 2024

Salmo 103 - Um convite irrecusável

 

               Começo esta simples análise de um dos Salmos mais profundos de Davi, relembrando um comentário de Charles Spurgeon sobre o texto e, principalmente, sobre o tempo em que Davi provavelmente estava vivendo: - Um salmo de Davi. Sem dúvida por Davi; está no seu próprio estilo quando no seu auge, e devemos atribuí-lo a seus anos mais maduros, quando ele sentia mais a preciosidade do perdão, por ter um senso mais aguçado do pecado, do que quando mais moço. Seu senso claro da fragilidade da vida indica estar nos anos de mais fraqueza, assim como a própria imparcialidade de seu senso de louvor na gratidão”.
              Quando inicio a leitura deste salmo, me encanto com a forma profunda que Davi orienta a sua própria alma: “Bendize, ó minha alma, ao Senhor, e tudo o que há em mim bendiga o seu santo nome. Bendize, ó minha alma, ao Senhor, e não te esqueças de nenhum de seus benefícios” (v.1-2). A forma como ele fala não traz a nós somente uma característica do modo convencional hebraico de uma pessoa se dirigir ao seu íntimo, de falar consigo mesmo, mas uma primeira instrução para a nossa vida aqui na terra enquanto peregrinos que somos, instrução sábia e exuberante, para que utilizemos de todas as nossas faculdades para louvor e honra ao Senhor.
  

                    Imediatamente após esta declaração, Davi relembra e enumera motivos pelos quais nosso ser deve exaltar ao Senhor. Para mim, tais colocações são amostras de como Davi já estava familiarizado com o tratar do Senhor em sua vida. Frutos do relacionamento íntimo com o Senhor Deus até aquele momento. Davi canta de forma poderosa que Deus “é quem perdoa todas as nossas iniquidades, que sara todas as nossas enfermidades (v.3); que redime a nossa vida da ruina; que nos coroa de favores e misericórdia (v.4); que sacia de bens a nossa boca, de sorte que nos rejuvenesce como a águia (v.5); faz justiça e juízo aos oprimidos (v.6); faz conhecidos os Seus caminhos e as suas Obras (v.7); Ele é compassivo e clemente, tardio em irar-se e grande em misericórdia (v.8); não nos reprova para sempre e nem pra sempre reterá sua (v.9); não nos trata conforme as nossas iniquidades e nem nos recompensa conforme os nossos pecados (v.10); engrandece as suas misericórdias sobre os que o temem (v.11); afasta de nós as nossas transgressões (v.12); tem misericórdias dos que o temem (v.13); conhece a nossa condição e sabe que somos pó (v.14);
                    Após todas estas verdades que com toda a certeza foram validadas por ele, Davi canta a pequenez do homem e a brevidade de seu tempo sobre a terra. Ele canta que “os dias homem são como a erva” (v.15), como uma flor que é bonita por um tempo, assim é o homem. Assim como esta mesma flor que a seu tempo floresce e logo após murcha e cai, assim é o homem, “logo perece e o seu lugar já não é mais conhecido” (v.16), independente de quão grande, útil, influente, rico e poderoso tenha sido.
                   Devemos nos lembrar que somos frágeis mas que o cuidado de Deus é eterno, suas misericórdias se renovam a cada manhã. Aproveito para deixar o seguinte alerta: Nossas fraquezas não devem ser usadas como desculpa para pecarmos, mesmo tendo a consciência de que Deus, através de Sua misericórdia, levará tudo em consideração e terá compaixão de nós muitas vezes, pois Ele conhece a nossa condição. Davi em todo o texto fala daquele que “teme ao Senhor”. Deus não se deixa escarnecer!
                  Davi passa a encerrar o salmo com um convite maravilhosa a toda criação, animada e inanimada, para se unir em adoração e exaltação ao Senhor, pois “Ele estabeleceu nos céus o seu trono; e o Seu reino dominará sobre todos” (v.19), louvando-o como os anjos o fazem, em obediência pura (v.20), executando os Seus desejos (v.21).
                O salmo se encerra assim como começou, com uma admoestação a nós, para nos prostrarmos sempre em reverência e respeito ao Senhor da Glória, que nos deu todas as coisas boas, apesar de sermos seres humanos pobres, débeis, imperfeitos e caídos, feitos do pó.
                As palavras de Davi neste Salmo, promovem uma importante reflexão sobre o nosso relacionamento com Deus. Destacando vários aspectos da misericórdia do Senhor e dá ênfase para o fato de não sermos merecedores de tamanha bondade e ainda assim a recebermos. Assim, devemos pensar em como o nosso condicionamento espiritual está diante das misericórdias eternas que estão por toda parte e revelam o quanto Deus nos ama. Muitas coisas acontecem quando entendemos e praticamos a adoração e louvor ao Senhor com tudo o que há em nós. Não é só quando grandes milagres e livramentos acontecem que devemos louvá-lo. Devemos adorá-lo e louvá-lo também nos dias bons, sempre com fé de que Ele aplica Seus atributos em nosso favor, apesar das nossas limitações!
                 Que a nossa voz seja ouvida e nossa vida contemplada em todo tempo, exaltando e bendizendo ao Deus Todo Poderoso, que nos cumula de benefícios mil e não nos desampara na hora da angústia. Aceitemos este convite hoje e nos aprofundemos neste relacionamento com Deus Pai e vivamos uma prévia do céu nesta terra.

             

 

 


segunda-feira, 12 de fevereiro de 2024

O descanso está virando um espantalho




O descanso é essencial para o funcionamento saudável do nosso corpo e da nossa mente, além disso, é uma disciplina espiritual importante para a nossa fé. No entanto, ele tem virado um espantalho.

           Eu nunca vi um espantalho, pelo menos não pessoalmente. Contudo, estou familiarizada com a ideia. Espantalhos são colocados em plantações para simular a presença de uma pessoa. Ao ver o objeto, as aves evitam a área. É como se fosse um ser humano, mas não é. Acho que temos vivido um pouco disso com o descanso. O que é descanso? Muitos podem dizer que descanso é dormir, outros afirmar que é um repouso, um momento de lazer, um estado de paz. Descanso é o ato de descansar, tirar o cansaço. Parece que a definição é um pouco mais fácil do que a prática. Cresci na igreja, mas eu tinha mais de 25 anos quando escutei alguém falar sobre descanso através de uma visão religiosa. Até aquele momento, para mim, descanso era só o “não trabalho”. Ver séries ou ir à praia, conversar com amigos ou ficar um pouco sozinha, ler um bom livro ou dormir: tudo isso era descanso.
        Conteúdos sobre descanso foram surgindo e, de repente, ver série não era mais descanso e a leitura, dependendo do livro, também não era descanso. Ficar sozinha só poderia ser chamado de descanso se fosse “solitude” e, se o grupo de amigos não passasse no crivo evangélico, talvez eu também não estivesse descansando ali. Um monte de gente começou a falar sobre a importância do descanso, mas ninguém me dizia o que é descanso. Desconstruíram a minha ideia sobre descanso, mas não colocaram nada no lugar.
        Eu sei que as coisas simples da vida, muitas vezes, exigem explicações elaboradas para que entendamos o seu verdadeiro significado. Tente explicar o amor de marido e mulher para quem nunca amou dessa forma ou uma cor para pessoas cegas e perceba como, algumas vezes, a simplicidade de algo pode exigir um extenso vocabulário. No entanto, defendo que esse não é o caso do descanso.
Gênesis 2 é uma prova disso: “No sétimo dia Deus já havia concluído a obra que realizara, e nesse dia descansou.” (Gn 2.2, NVI)
        Nós não sabemos o que Deus fez para descansar, Deus não diz o que é esse tal descanso. Tudo o que sabemos é que ele parou o seu processo de criação e descansou. O descanso foi uma pausa. Simples assim. Não devemos parar de falar sobre a necessidade do descanso e sobre sua importância, mas talvez precisemos torná-lo mais real e prático. O descanso parece estar virando o espantalho que um dia o “chamado” já foi. Todo mundo queria saber qual era o seu chamado, mas parecia que ninguém entendia de fato o que era chamado. Quem explicava parecia complicar mais ainda. Pessoas saíram do emprego para viver o chamado, outras compraram cursos e ainda outras acharam que precisavam deixar até mesmo o seu cônjuge para trás para viver “a vontade de Deus”. Porém, poucas delas entenderam que o chamado poderia ter sido vivido onde elas estavam inicialmente. É claro que viver aquilo que Deus quer que vivamos exige renúncias e mudanças. A Bíblia mostra isso. Mas, às vezes, a complexidade com a qual tratamos coisas simples nos faz dar voltas ou tomar decisões enganosas. O “chamado” virou um produto. O mesmo parece estar acontecendo com o descanso.
           Livros, cursos, planners e cultos temáticos tentam nos dizer o que é descanso. Nunca falamos tanto sobre o tema e nunca estivemos tão cansados. Uma meta-análise feita em 2023 examinou 91 estudos feitos em três continentes e concluiu que um em cada cinco adultos no mundo sofre de fadiga generalizada que dura até seis meses. Uma outra pesquisa realizada pelo instituto YouGov (2022) concluiu que um em cada oito britânicos se sente cansado “o tempo todo” e 25% estão exaustos na maior parte do tempo1. Qual foi a última vez que você passou mais de uma semana sem dizer “estou cansado”?
          Encontrando o espantalho
           Nós transformamos o descanso em produto. Um produto nasce a partir de uma dor ou carência de um determinado público. Para solucionar um problema, devemos primeiro saber a sua causa. As pessoas não estão mais conseguindo descansar. Por quê? O cansaço excessivo pode ser sinal de uma dificuldade financeira real, ou da tentativa de triunfar e fazer dar certo um plano pessoal de vida. Quase sempre, o cansaço excessivo é um claro sinal de que estamos querendo controlar a nossa vida e estamos esquecendo de confiar em Deus. A razão do cansaço fica esquecida e, como quase tudo na vida, ficamos apenas na superfície do nosso problemas, apenas aquilo que podemos ver. Sem tratar as raízes, remediamos o cansaço que dará as caras novamente quando virarmos na próxima esquina. Usamos planners, cursos, retiros e consultorias tentando nos fazer entender como descansar.


             Não é que a forma não seja importante, ela é. Não estou pregando um “descanso de qualquer jeito!”. A forma é interessante, mas precisamos tomar cuidado para que a forma não tome o lugar da razão. É possível que uma pessoa tenha uma prática excelente de descanso, mas continue cansada porque a razão do seu descanso não é verdadeira. O descanso que não está alicerçado em Deus é apenas alívio. O descanso é um espantalho quando fazemos da forma uma prioridade. O descanso também é um espantalho quando ele é usado para esconder problemas mais profundos da nossa alma. Separar um dia para o descanso é essencial, mas também é importante ter um dia para comunhão, um dia para o perdão, um dia para a generosidade. Não podemos deixar que o descanso nos coloque em uma torre de marfim. Às vezes, o desconforto é o início do descanso.

         Também precisamos reconhecer que algumas formas possuem suas limitações. A simplicidade do descanso o torna possível para todas as pessoas. Pobre ou rico, homem ou mulher, empregados ou desempregados. Seria muito bom que todas as pessoas tivessem acesso a um planner legal que ajudasse a organizar as tarefas diárias, mas isso não acontece no mundo real. No mundo real, as pessoas pegam três ônibus para chegar em casa e o único descanso do fim de semana é a leitura bíblica e o filme que a emissora local de TV irá exibir. No mundo real, tem gente que descansa dormindo em um hotel nas Filipinas, enquanto outros dormem na rede no interior de Pernambuco. Um descanso não é melhor que o outro, não deve haver comparação. O descanso — quando é descanso mesmo — aponta para Deus, nas Filipinas ou em Pernambuco.
          O mito do descanso 
          Precisamos tomar muito cuidado com as formas enganosas que uma falsa teologia ou um falso deus podem tomar. Rolo o feed e vejo uma xícara transparente em cima de uma mesinha de canto de madeira de formato irregular. Dentro da xícara, chá, ao lado dela, uma revista conceitual. Na legenda, um texto fala sobre a importância de aproveitar o dia. Rolo um pouco mais o feed e vejo um vídeo. Nele, o influencer amplia o som de cada detalhe [o famoso ASMR] à medida que ele arruma seu apartamento com janelas enormes que dão para uma movimentada metrópole norte-americana. No fim do vídeo, ele acende uma vela e descansa no sofá. É como se fosse um triunfalismo aesthetic — termo em inglês muito utilizado para nos referirmos a conteúdos que trazem uma apreciação maior da beleza e do que está ao nosso redor.
          Parece que essas pessoas nem ao menos ficam cansadas, parece que estão sempre observando o mundo do ângulo certo. Aos sábados, depois de arrumar a casa, mal tenho tempo para sentar porque quase sempre tenho um compromisso marcado com amigos ou com meu namorado. O domingo é o dia do descanso, mas, às vezes, na segunda-feira, é como se eu nem ao menos tivesse tentado descansar. O descanso pleno [enquanto estivermos neste corpo perecível] é um mito. Toda a nossa realidade foi afetada pelo pecado, e o descanso está incluso nesse pacote. “Descansar no Senhor” é muito mais um ato de fé que prepara nosso coração do que um ato físico que relaxa nosso corpo. O “triunfalismo aesthetic” nos passa a falsa noção de que o “descanso” pode estar ao nosso alcance se tivermos muitas plantas, um piso de madeira e cortinas esvoaçantes. O deus do descanso aesthetic é a beleza, mas só há descanso naquele que é verdadeiramente belo.
          É muita informação
           A vida na internet, no entanto, vai muito além do aesthetic. No livro Férias de Fornicação, o pastor e comunicador português Tiago Cavaco escreve: “A internet fez-nos ricos daquela maneira que facilita a nossa perdição […] O nosso problema hoje não é ter; é escolher no muito que temos”. Precisamos ser realistas, não vivemos no Século 18. Aqui e agora, os dias são longos, a maioria das pessoas tem WhatsApp e posta ao menos uma vez no ano nas redes sociais [sendo extremamente otimista]. Além disso, as possibilidades de escolha para a maioria de nós aumentaram de forma significativa. Guardadas as devidas proporções, todos nós temos a opção de morar onde quisermos, de estudar o que quisermos, de ter o que quisermos e de ser quem quisermos ser. Para adicionar a essa conta, agora temos um aparelho que é [como de fosse] parte de nós e precisamos também pensar e selecionar o que fará parte da nossa realidade online. A internet, o mundo moderno e a cultura de produção constante criaram monstros insaciáveis. De tanto ter o que fazer, não sabemos o que fazer porque as muitas opções impossibilitam uma escolha sem fadiga.


          A abundância, que vem com a conexão possibilitada pela internet, tem nos deixado desconectados do Criador e, consequentemente, de nós mesmos. No meio de tantas opções, não conseguimos escolher. Constantemente me pego pensando no que vou fazer antes de dormir. Série ou filme? Livro ou Kindle? Ou só rolo o feed mesmo? Porque não consigo escolher, ou porque a escolha é difícil, até mesmo o meu “descanso” gera fadiga. Parece que precisamos estar sempre entretidos e até os últimos minutos dos nossos dias precisam ser preenchidos. Mais uma vez, criamos um produto que nos vende aquilo que só o Senhor pode nos dar. 
          Descansar em comunidade
         Não há descanso sem comunhão com Deus e sem comunidade. Eu estava rolando o feed do X [antigo Twitter] quando me deparei com um texto em que a autora falava que havia decidido voltar para a sua antiga cidade porque percebeu que precisava de comunidade. Naquele momento, algo mudou dentro de mim. Fazia quatro anos que morava em outra cidade e decidi voltar para a minha cidade natal para criar raízes intencionalmente. Eu estava em uma cidade que tem uma melhor estrutura e mais segurança, mas eu não tinha uma comunidade ali. Estrutura e segurança são coisas extremamente importantes, mas elas não deveriam ser maiores do que a comunidade. Vivemos em um mundo praticamente sem barreiras, onde as pessoas viajam milhares de quilômetros buscando condições melhores de vida. Muitos passarão a trabalhar 12 horas por dia para ter a vida que deseja, outros decidirão viver 8 meses em frio extremo, mas pouquíssimos darão um passo para trás para buscar comunidade.
          Comunidades sempre foram essenciais para o cristianismo, mas parece que o individualismo nos afetou mais do que pensávamos. Na edição mais recente de Ultimato – Doenças que fazem sofrer também os que creemUriel Heckert escreve: “Ao longo da história",os cristãos e suas instituições sempre atuaram na promoção da vida e da saúde [...] Os líderes cristãos foram reconhecidos e prestigiados como ‘cura d’almas’ antes mesmo do surgimento das modernas profissões de ajuda”. Em uma era de pessoas cansadas, o descanso pode ser uma forma de evangelização. Em 2024, cuidar de pessoas cansadas é promover vida e saúde.
          Em 1 Coríntios 11, Paulo ordena que os coríntios esperem uns pelos outros para comerem juntos. A ação conjunta da comunidade importa. A igreja deveria ser o primeiro lugar a nos dizer que precisamos descansar. As quatro paredes da igreja sempre foram um refúgio que ia de encontro ao mal da época. Na igreja, deveríamos ter tempo para sentar e olhar no olho, pedir uma xícara de café e conversar. Depois de uma pandemia de solidão, deveríamos ter uma explosão de comunhão, mas muitos nem se quer retornaram às igrejas porque lá não encontram mais uma comunidade. Nós somos seres comunitários, não vivemos bem sozinhos. Se as igrejas não se fazem lugares de raízes e cultivo de relacionamentos, muitos encontrarão isso em outras formas de comunidade [fora da igreja].
          Desde que voltei para a minha cidade, tenho procurado intencionalmente construir pontes e fortalecer pontes já construídas. Percebi que dividir as minhas angústias e escutar a angústia dos irmãos me ajuda a entender que somos mais parecidos do que pensamos e nossos problemas têm solução. Descansamos melhor quando dividimos o peso que carregamos com aqueles que caminham ao nosso lado e quando entendemos que a nossa maior conquista não foi realizada por nós, mas por Cristo na cruz.
         O descanso vem do Senhor
          Jonas não entendeu isso. O livro de Jonas começa com Senhor pedindo para que o profeta fosse pregar para Nínive, capital do Império Assírio, grande inimigo de Israel. Jonas por sua vez, toma o caminho errado e embarca para o lado contrário dentro de um navio. Ali, fazendo exatamente o oposto do que Deus tinha dito, ele dormiu profundamente (Jn 1.5). Depois de uma longa viagem, Jonas estava tentando descansar, no entanto o sono profundo foi interrompido por uma tempestade enviada pelo próprio Deus. O descanso de Jonas foi, na verdade, um alívio momentâneo. Depois de ser jogado ao mar, como você bem deve saber, o profeta foi engolido por um peixe gigante. Ali, ele passou 3 longos dias até ser vomitado para fora após afirmar para Deus que o obedeceria. Ao chegar em Nínive, tamanha era a aversão de Jonas pela missão, que sua pregação aos ninivitas foi extremamente curta: “Nínive será destruída daqui a quarenta dias” (Jn 3.4, ARA). Não teve empatia, não teve olho no olho. Em situações normais, ninguém se converteria a essa mensagem fria, mas o Deus que enviou a mensagem era maior do que o profeta que a proclamou.
         Ao ver o arrependimento dos ninivitas, Jonas se enfureceu. “Por isso é que fugi depressa para Társis, pois sabia que és Deus compassivo e misericordioso, paciente e cheio de amor, e que te arrependes do mal” (Jn 4.2, ARA). A reação de Jonas é tão absurda que, por duas vezes, Deus pergunta: “É razoável essa tua ira?”. Ao sair da cidade, Jonas encontra um lugar para descansar e é aqui que precisamos de atenção. Enquanto descansava, Deus fez crescer uma planta acima do profeta (Jn 4.6). No entanto, na manhã seguinte, Deus enviou uma lagarta que atacou a planta. Jonas acordou sendo importunado pelo sol e pelo vento. Diante da sua desobediência, seus descansos foram apenas alívios.
        Jonas é um profeta suspeito e os seus momentos de descanso são, na verdade, uma fuga da realidade. Com seu coração longe do Criador, ele não se alegrava com a salvação de pecadores ou com os grandes feitos de Deus. Jonas queria conforto. O conforto de não ter de ir até os inimigos, de não ter que falar com quem você não gosta ou de não ter de lidar com o problema dos outros. O conforto de dormir e acordar como se nada tivesse acontecido, como se fosse possível fugir de Deus. O descanso para Jonas era um produto, a forma era mais importante que a razão.
       Um pouco antes de Jonas encontramos um outro profeta: Elias. Ele é um dos grandes profetas do Antigo Testamento, mas existe um episódio específico que quero contrastar com a narrativa de Jonas. Depois de um tempo longe de Israel, Elias retorna para enfrentar os profetas de Baal. Era Elias contra 450 homens. Imagine só você frente a frente com 450 homens e afirmando com todas as letras que os venceria. Vale lembrar que esses profetas não eram do tipo monge budista. Eles gritavam e cortavam os seus corpos com facas e lanças (1Re 18.28, ARA). Deve ter sido uma visão e tanto. Cheio de Deus, Elias enfrentou aqueles homens com uma grande fé e Deus respondeu sua oração com graça e força tão tamanhas que o povo de Israel se prostrou e afirmou: “O Senhor é Deus!” (1Re 18.39, ARA). Ao ver seus profetas derrotados, Jezabel se enfureceu com Elias e decretou a sua morte.
        Naquele ponto, o nível de cansaço de Elias já era muito grande. Com a mente e o corpo cansados, o profeta fugiu para salvar a sua própria vida. Muitas vezes, precisamos fugir para resistir. Exausto, Elias pediu a sua própria morte. Note aqui algo muito importante: Elias pediu pela morte depois de um dia exaustivo e um tanto acinzentado pelo cansaço, mas preenchido pela obediência à Deus. Jonas pediu pela morte depois de ver pessoas se convertendo e fazendo a vontade de Deus. Os corações dos dois profetas ocupavam polos extremamente opostos. Ambos queriam descanso, mas só um deles o alcançou. Deitado debaixo de um arbusto, Elias adormeceu. Em certo momento, um anjo o acordou e o pediu para levantar e comer (1Re 19.5). Em um texto meu de 2023 para a UnusMundos, pontuei que essa ordem do anjo nos faz entender que o descanso é ativo e corporificado. Para descansar, Elias faz três coisas que todos nós fazemos todos os dias: levantamos, comemos e dormimos. Não há segredo, não há curso ou mentoria.
       Enquanto Elias dormia, o Senhor preparava a refeição. Depois que comeu e bebeu, Elias voltou a dormir (1Re 19.6). Não há nenhum descanso maior do que este: saber que o nosso sustento e a nossa proteção vêm de Deus. A forma pouco importou para o profeta porque a sua razão era a correta. Pela segunda vez o anjo o acorda, pede para que, novamente, ele levante e coma (mais uma vez o Senhor havia preparado o alimento) “porque a viagem será muito longa” (1Re 19.7). Elias não passa o resto da vida ali descansando. Pelo contrário, ele continua sua exaustiva caminhada de profeta, ele continua a anunciar a justiça do Reino e a graça de um Deus que nos pede para descansar.
       Enquanto Jonas usava o seu descanso como uma distração, uma fuga da realidade e do próprio Deus, era no descanso que Elias recentralizava as suas prioridades e escutava a voz de Deus. O descanso de Jonas era um espantalho, o descanso de Elias apontava para Deus.


Mariana Albuquerque, jornalista e redatora. Trabalha com comunicação em mídias sociais e internet desde 2012. Coordenadora de projetos da Christianity Today em Português e gerente de projetos da iniciativa Global da Christianity Today.

segunda-feira, 16 de outubro de 2023

Não é bem assim


                   
"Deus me aceita como eu sou!"  Acredito que você já ouviu ou fez esta declaração um dia. Esta é uma frase que há tempos vem sendo apregoada aos quatro ventos, tanto por pregadores quanto por pessoas que dizem ter interesse em um relacionamento com Deus. E se eu dissesse para você que na verdade

NÃO É BEM ASSIM?

                Vamos lá!  Deus, em Sua infinita misericórdia, ofertou seu único filho, Jesus Cristo, para que morresse em uma cruz e nos desse uma oportunidade, nos abrisse uma porta que, já vou deixar bem claro, está prestes a ser fechar. Essa porta se chama SALVAÇÃO. 
Ele não nos aceita como somos, porque o que está em nós, vai contra a Sua natureza que é Santa. Mas, mas como prova de Seu terno amor e graça, Ele nos dá a possibilidade de chegarmos até Ele através de Jesus e nos recebe como estamos à fim de sermos regenerados e transformados pelo seu amor e cuidado. Eu me recordo de um exemplo que li certa vez e que com certeza te ajudará a entender a colocação acima.

                Estava acontecendo uma festa glamorosa em um vilarejo e em dado momento, um morador de rua apertou a campainha da casa onde ocorria esta festa. Ele disse que gostaria de entrar e comer com os convidados. O anfitrião foi chamado e após indagar o homem sobre seu desejo de sentar-se à mesa com os demais convidados, disse que ele poderia entrar do jeito que estava (roupas deterioradas, sujo, cheirando mal, como alguém que vive em meio a sujeira), só que não poderia permanecer como estava. Entendendo o que o anfitrião informara, o homem aceita a condição proposta. 
                 Imediatamente, os empregados da casa levaram o homem para um lugar reservado, tiraram sua roupa suja, deram-lhe um bom banho, cortaram seus cabelos sujos e compridos, fizeram sua barba, cortaram suas unhas, deram ainda novas roupas e um sapato. Enquanto esta transformação ocorria, outro funcionário lhe dava algumas instruções de como se portar à mesa, cordialidade, educação e cordialidade. Já todo cheiroso e bonito, ele se apresenta ao anfitrião que diz: Pronto! Agora você poderá sentar-se a mesa e comer com meus outros convidados.

                 De igual forma acontece com aqueles que realmente desejam ter um relacionamento com Deus. Através de Jesus, Ele te receba mas não aceitará jamais com toda a sujeira do pecado e do mundo que vem encrustado em seu pensamento, caráter e coração.  Você deverá dizer sim para a transformação que Ele desejará fazer em você através do poder da Palavra e de Seu Santo Espírito para poder sentar-se à mesa quando Ele determinar que Jesus busque a Sua igreja. Caso você não deseje esta transformação, perderá o que será posto à mesa. 
                  Lembro-me bem do que está escrito no capítulo 2.15-17 do Evangelho escrito por Marcos: "E aconteceu que, estando sentado à mesa em casa deste, também estavam sentados à mesa com Jesus e seus discípulos muitos publicanos e pecadores; porque eram muitos, e o tinham seguido. E os escribas e fariseus, vendo-o comer com os publicanos e pecadores, disseram aos seus discípulos: Por que come e bebe ele com os publicanos e pecadores? E Jesus, tendo ouvido isto, disse-lhes: Os sãos não necessitam de médico, mas, sim, os que estão doentes; eu não vim chamar os justos, mas, sim, os pecadores ao arrependimento".
                   Jesus veio para nos libertar do pecado e nos dar a salvação, ele ainda está chamando pessoas ao arrependimento e a uma nova vida. Não se preocupe, ele vai te aceitar como você está, embora não o deixará assim. Ele realizará uma transformação em sua vida, desde que você aceite o convite para entregar a sua vida a ele.
                   As pessoas que procuraram Jesus ou que foram levadas até ele enquanto esteve na terra, invariavelmente eram pessoas problemáticas: cegos, leprosos, adúlteros, ladrões, endemoniados, corruptos e por aí vai. Os doentes foram curados, os pecadores foram perdoados e os endemoniados libertos, os corruptos mudaram de vida e ele pode mudar a tua vida também


 Jesus veio para mudar a vida das pessoas, por isto ele não poderá deixar você vir a ele e permanecer sem mudança alguma.

                    Que através deste texto, você possa que Jesus é o único caminho para Deus e que Ele está pronto a te receber e mudar a história da tua vida! Não perca tempo!!
 O fim está próximo!

quarta-feira, 27 de setembro de 2023

OMISSÃO = FRACASSO


"Não participem das obras infrutíferas das trevas; antes
exponham-nas à luz." Efésios 5.11

                          Há formas pontuais pelas quais o homem peca: por palavra, por atitude, por pensamento e por omissão. O pecado de omissão é qualquer falta de conformidade com a lei de Deus ou, simplesmente, deixar de fazer o que Deus nos ordenou e ainda ordena hoje. A omissão é um pecado tão grave quanto transgredir ativamente o que o Senhor ordenou. Os pecados da omissão são potencializados pelo conhecimento.

QUAND O SABEMOS O QUE DEUS NOS ORDENOU EM SUA PALAVRA E DEIXAMOS DE CUMPRIR, PECAMOS!!

                    Tiago assim escreveu: “Portanto, aquele que sabe que deve fazer o bem e não o faz nisso está pecando.” (Tiago 4.17). Ele também explicou que não devemos ser apenas ouvintes da Palavra, mas também praticantes (Tiago 1.22). A palavra omissão significa “deixar de fazer ou de dizer algo; falta de ação no cumprimento de um dever”. Dessa forma, pecamos por omissão quando nos abstemos de fazer ou de dizer aquilo que deveríamos, isto é, lavamos as nossas mãos como fez Pôncio Pilatos (Mateus 27.24). O texto de Tiago acima citado é um alerta muito sério. Muitas vezes, somos reprovados diante de Deus tão somente porque deixamos de fazer o bem, aquilo que é correto, de nos posicionar, por não tomamos partido, não fazemos nada mediante as circunstâncias e simplesmente nos omitirmos.
                     Em I Samuel 2, encontramos o relato sobre Eli. Um sacerdote, servo do Deus de Israel, pacífico, que todavia, terminou seus dias em tragédia. Eli é um exemplo do que a omissão promove ao crente: fracasso. Onde ele se omitiu? No cuidado com a sua casa, com a sua família. O sacerdote foi omisso com os seus filhos. Os filhos de Eli não respeitavam o Senhor pois haviam perdido o temor a Ele. Temer a Deus não é ter medo, pois isso nos afastaria dele. Temê-lo é respeitá-lo, é reverenciá-lo, é obedecê-lo!
                     As Escrituras Sagradas dizem que “Eli, já bem idoso, ficou sabendo de tudo o que seus filhos faziam a todo o Israel e que eles se deitavam com as mulheres que serviam junto à entrada da Tenda do Encontro. Por isso lhes perguntou: Por que vocês fazem estas coisas? De todo o povo ouço a respeito do mal que vocês fazem.” (I Sm 2:22-23).  Tudo indica que, quando Eli tomou conhecimento dos atos pecaminosos de seus filhos, em vez de repreendê-los com rigor, com força, com rigidez, deu-lhes apenas “um tapinha” como costumamos fazer com as crianças inocentes após suas peraltices. Observe o que ele falou: “Não, meus filhos; não é bom o que escuto se espalhando no meio do povo do Senhor.” (I Samuel 2.24).            
                    Te convido a olhar para si mesmo neste momento, para uma rápida reflexão de seus atos, ou melhor, visualize aquilo para o qual  você tem feito “vistas grossas”, “virado as costas” como que expressando: “deixa pra lá”, “isso, não é tudo isso”, “não vou me indispor com essa pessoa”, “uma hora a coisa se acerta”, “ninguém vai perceber”, “nem é pecado”, e muitas outras formas de agir (ou não) perante as coisas erradas e circunstâncias adversas.

ISSO TE FAZ UM OMISSO! ISSO TE FAZ PECADOR!
VOCÊ SERÁ JULGADO E CONDENADO POR ISSO!

                       Nossas boas intenções não irão nos justificar diante de Deus se formos omissos e irresponsáveis com aquilo que o Senhor nos confiou. O Senhor te confiou uma família, discípulos, um ministério, uma missão... Cuide do que Ele te entregou! O Senhor nos levantou como atalaias na nossa geração e seremos cobrados se não cumprirmos a missão que Ele nos deu. Deus falou ao profeta Ezequiel quais eram os deveres do atalaia e aquilo que seria cobrado dele (Ezequiel 33.7-9). Atitudes levianas e superficiais para com o pecado sempre produzem conversões incompletas, geram espiritualidade superficial e afastam Deus. Se não compreendermos quão horrível é o pecado, e que é uma ofensa contra o Deus Justo e Santo, sentiremos pouca necessidade de uma mudança de coração, de atitude e postura, e geraremos pessoas assim, infrutíferas, rasas e infames.
                      A omissão de Eli se tornou sua ruína. Por sua fraqueza e omissão ele incorreu nestes erros que impactaram na eficácia de sua liderança, não somente sobre seus filhos, mas também sobre a Nação de Israel. Estes erros são capazes de abalar a liderança de qualquer pessoa que se recuse a tratar com rigor a impureza na vida de seus liderados. Precisamos evitar estes erros a qualquer preço.
                     Eli foi tolerante demais. Permitiu que pessoas em pecado assumissem posições de liderança em seu ministério. Hofni e Finéias, filhos do sacerdote, estavam servindo no templo e, no entanto, mantinham relações sexuais na entrada da Tenda do Encontro. Eles praticavam a imoralidade sexual no lugar onde as pessoas iam ouvir o Senhor. (I Samuel 2.22) Com isso eles levavam o povo a fraquejar, quebrando sua aliança com Deus. Suas consciências estavam tão cauterizadas que cometiam fornicação à vista de Deus e do seu povo! O Senhor é misericordioso e sempre nos dá um tempo para nos arrependermos antes de nos corrigir. O erro de Eli foi ter tolerado isso.
                      Eli era tímido demais. A timidez nos leva à inibição diante de situações novas ou de pessoas. Ela gera a falta de confiança e insegurança, nossa e mesmos e nos outros. Gera o receio e nos faz temerosos. ​Ao enfrentar esta situação de forma temerosa, Eli revelou sua própria falta de maturidade espiritual. Como é trágico ver um homem de Deus falhando de forma tão lamentável no final de sua vida, simplesmente por ter permitido que sua debilidade física o desqualificasse para o santo ministério. Nossa timidez de caráter não pode nos levar a uma atitude de omissão diante do pecado.               

 Eli demorou demais para tomar uma atitude. Quando finalmente se deu ao trabalho de repreender seus filhos, estes não lhe deram ouvidos. Era tarde demais! para tentar corrigir a impiedade de seus filhos. Talvez Eli pensasse que por serem filhos de um sacerdote e por terem crescido no templo, seus filhos serviam a Deus fielmente. Sem dúvida, a falha de Eli foi não ter exigido obediência quando estes ainda eram crianças. É provável que muito antes de se tornarem sacerdotes eles já haviam começado a escandalizar a nação com sua maldade. O pecado dos filhos de Eli era tão grande que as Escrituras nos dizem que o Senhor já havia                                                                                 decidido matá-los. (I Samuel 2.25)

                  Encerro com as seguintes indagações: Qual é meu papel no corpo de Cristo, na igreja, na minha casa, no meu trabalho? Fui chamado por Deus para ser discípulo, amigo, conselheiro, líder, pastor? De que maneira estou desempenhando o meu papel? Meu desejo é que você e eu vençamos as ardilosas tentativas do inimigo de nos fazer omissos perante aquilo que tem buscado transtornar a obra de Deus e impedir a glorificação do Senhor. Não pense duas vezes! Não se omita! Não “refugue” diante das circunstâncias destrutivas que possuam “uma carinha” de “não é nada importante”. A conta chegará e Deus é Justo Juiz: não deixará nada sem pagamento! Nem aqui e nem na eternidade.

Ósculos e amplexos!


sábado, 23 de setembro de 2023

Nos trilhos da salvação


"Um trem não pode ir aonde não há trilhos"


                      Aqueles que conhecem um pouco da história, ou mesmo, já passaram pelas cidades do interior do estado de São Paulo vão perceber que muitas delas são cortadas pelas linhas férreas. Muitas dessas linhas já estão desativadas e apenas as mais relevantes ainda mantém o trânsito de locomotivas, mas é inegável que o desenvolvimento de muitos munícipios foi impulsionado pelos motores a vapor das companhias Sorocabana, Paulista, Mogiana entre outras que trouxeram pessoas, recursos econômico, visibilidade turística e capacidade de escoamento de produção.
                     Resido hoje em uma cidade com esse perfil e antes dela, também morava em Bauru, onde o cruzamento férreo é rotina no trânsito. Observando os trilhos e o trem passando, fiquei refletindo sobre algumas similaridades que eles possuem com o nosso caminhar cristão.
                   Os trilhos são o primeiro elemento que reflete a Cristo e sua palavra. Um trem não pode ir aonde não há trilhos, e igualmente nós não possuíamos a capacidade de nos salvarmos, de trilhar um caminho até Deus, pois nossos pecados nos incapacitavam, mas Jesus Cristo veio ao nosso meio e construiu a via, sob dores e sangue, de forma que nós agora temos um meio de salvação. Esse trilho não foi construído com ferro e dormentes de madeira, mas foi construído com a cruz de Jesus e com a Palavra de Deus revelada, que é nosso guia, os trilhos por onde devemos andar imitando ao Filho até o Pai. Lembremo-nos do que Ele mesmo disse a seu respeito: “Jesus respondeu: — Eu sou o caminho, a verdade e a vida; ninguém vem ao Pai senão por mim.” João 14.6
                    A locomotiva é o segundo ponto que me fez pensar, pois os trilhos foram construídos não para serem um caminho onde as pessoas andam a pé e sozinhas, mas para ser suporte para algo que irá andar mais rapidamente e eficientemente. A Igreja de Cristo é a locomotiva do Senhor, que leva multidões a trilharem o caminho juntos, a alcançarem seu alvo juntos, e superarem longas distâncias juntos. “Mas, seguindo a verdade em amor, cresçamos em tudo naquele que é a cabeça, Cristo, de quem todo o corpo, bem-ajustado e consolidado pelo auxílio de todas as juntas, segundo a justa cooperação de cada parte, efetua o seu próprio crescimento para a edificação de si mesmo em amor.” Efésios 4.15-16.
                    Quando entendemos o evangelho, para reconhecermos nosso estado de pecador e que o único meio até Deus é através de Jesus, recebemos a passagem para embarcar nessa locomotiva chamada Igreja, lá vamos seguindo, guardando os mandamentos para não descarrilharmos, chamando outros para o trem, felizes pois juntos fazemos a viagem ser prazerosa.
                    Por fim, percebi que há grandes prédios ao lado dos trilhos, algumas estações de trem, que servem como ponto de embarque e desembarque. O vagão em que estamos, a nossa igreja local, deve se atentar á essas estações, pois são importantes para trazer novos “passageiros”, mas o perigo é que há muitos vagões abandonados nas estações, que não estão nos trilhos, e seus tripulantes desembarcaram e não perceberam ainda que não estão mais viajando, que os trilhos não estão sob seus pés, que a locomotiva não está mais ligada ao seu vagão, que não é possível distinguir mais os que tem as passagens. As estações são pontos de ligação entre a igreja e o mundo, mas diferentemente dos trens que possuem vários destinos no meio do caminho, nossa locomotiva pretende levar todos á um só lugar, as “paradas” deveriam ser apenas para embarque onde os tripulantes deveriam sair brevemente para chamar outros passageiros e não lugar onde as pessoas desistem e abandonam o caminho. “Estou certo de que aquele que começou boa obra em vocês há de completá-la até o Dia de Cristo Jesus.” Filipenses 1.6
                    Sei que minha comparação não é bíblica em sentido literal, e que possui várias limitações, mas gostaria que você refletisse comigo como está sua caminhada, sua igreja, seu compromisso com o perdido? Quero finalizar com um texto de Hebreus que diz assim: Portanto, não percam a confiança de vocês, porque ela tem grande recompensa. Vocês precisam perseverar, para que, havendo feito a vontade de Deus, alcancem a promessa. "Porque, ainda dentro de pouco tempo, aquele que vem virá e não irá demorar; mas o meu justo viverá pela fé; e, se retroceder, dele a minha alma não se agradará." Nós, porém, não somos dos que retrocedem para a perdição, mas somos da fé, para a preservação da alma. Hebreus 10.35-39



Keydhon Wilker Coldibeli
Seminarista no Seminário Teológico A.W. Tozer
Igreja Aliança Cristã e Missionária -Bauru/SP

quinta-feira, 21 de setembro de 2023

Ore até conseguir orar

                 O Dr. Moody Stuart, um grande homem de oração do passado, certa vez esboçou um conjunto de regras para orientá-lo em suas orações. Dentre essas regras, havia esta: 

“Ore até conseguir orar”.

                 A diferença entre orar até acabar e orar até conseguir orar é ilustrada pelo evangelista americano John Wesley Lee. Com frequência, ele comparava um tempo de oração com o culto prestado pela igreja, e dizia que muitos de nós terminamos a reunião antes que a reunião esteja terminada. Ele confessou que certa vez saíra de uma reunião de oração para cuidar de algum assunto urgente do seu trabalho. Ele ainda não tinha se distanciado do local da reunião, quando uma voz interior o repreendeu. “Filho”, parecia que a voz lhe dizia: “você não proferiu a bênção antes que a reunião acabasse?” Ele entendeu, e imediatamente se apressou de volta ao lugar de oração, onde permaneceu até que o fardo se fosse e a bênção descesse.
               O hábito de parar nossas orações antes de termos orado de verdade é tão comum quanto lastimável. Muitas vezes, os dez minutos finais podem significar mais para nós do que a primeira meia hora, porque precisamos gastar bastante tempo para entrar na disposição correta para orar com eficácia. Talvez precisemos lutar com nossos pensamentos para trazê-los de onde se encontram espalhados por causa da multidão de distrações que resultam de vivermos num mundo desordenado.
               Aqui, como em todos os outros assuntos espirituais, precisamos fazer clara distinção entre o ideal e o real. Seria ideal que vivêssemos de momento em momento num estado de tão perfeita união com Deus que não fosse necessária nenhuma preparação especial. Mas na verdade são poucos os que podem dizer honestamente que essa é sua experiência. A sinceridade forçará a maioria de nós a admitir que com frequência enfrentamos uma luta antes de conseguirmos fugir da alienação emocional e do senso de irrealidade que às vezes pousa sobre nós como uma espécie de disposição comum. 
               O que quer que um idealismo sonhador possa dizer, somos forçados a lidar com coisas daqui de baixo num nível de realidade prática. Quando nos chegamos para orar, se nosso coração estiver insensível e numa disposição não espiritual, não devemos tentar mudar essa disposição. Em vez disso, devemos reconhecê-la francamente e orar mesmo assim através dela até conseguirmos sair. 
              Alguns cristãos sorriem diante do pensamento de “orar mesmo assim através dela”, mas é possível encontrar algo dessa mesma ideia nos escritos de praticamente cada grande santo que orava desde Daniel até nossos dias. Não podemos dar-nos ao luxo de parar de orar enquanto de fato não tivermos orado.


Aiden Wilson Tozer

quarta-feira, 20 de setembro de 2023

Uma dose de Gálatas 5

A dissensão e a discórdia atuam na igreja de Cristo desde os primórdios e
 precisam ser combatidas pelo poder do Espírito Santo de Deus através da oração.

                   Que dor! Que sofrimento! Que tristeza! Tudo porque alguns na igreja estão inclinados a seguir por um caminho com "discórdias, dissensões, facções" (Gálatas 5.20). Geralmente são coisas que se associam para causar tristeza para o cristão e grande prejuízo ao corpo de Cristo. Quem nunca viu essas "obras da carne" trabalhando e se intrometendo nas várias igrejas de Cristo?
                  A discórdia é "vã ambição" com o objetivo de ganhar seguidores. Uma pessoa com o espírito de discórdia está tão tomada de seus desejos pessoais e ambições que para ela a pureza, a paz e a santidade da igreja podem ser sacrificadas. A discórdia exige uma "divisão" dos irmãos, e é improvável que alguém tomado desse espírito esteja disposto a ficar sozinho. Ele buscará outras pessoas para acompanhá-lo na separação, apoiando sua "posição" e criando facções sectaristas. O padrão é progressivo. A pessoa facciosa permanece em meio à igreja enumerando os seus seguidores. Essa postura, levada à conclusão lógica, traz divisão, a qual leva às facções estabelecidas, que buscam outras pessoas para integrar a sua "causa".
                 Nada há mais feio ou mais prejudicial do que aquele que professa ser um seguidor do Príncipe da Paz ao mesmo tempo que demonstra uma agressão voluntariosa contra os irmãos. Os que sectarizam a igreja como em "Eu sou de Paulo, e eu, de Apolo, e eu, de Cefas, e eu, de Cristo" (1 Coríntios 1.12) são advertidos:

"Se alguém destruir o santuário de Deus, Deus o destruirá" (1 Coríntios 3.17).

                O cristão que se envolve com qualquer uma das obras da carne não apenas se fere, mas prejudica a igreja. As brigas levam à discórdia, as discórdias levam às dissensões e as dissensões levam às facções. 

O resultado é trágico: O avanço do evangelho é impedido, os fiéis são desencorajados, o irmão fraco é prejudicado e a desconfiança geral, a intranquilidade e dúvida predominam.  Mas, o que é mais triste, quase sempre, perdem-se almas!

                Quando o homem vai aprender que a palavra de Deus não reserva nada de bom para aqueles que têm em mente a "preeminência", os seguidores pessoais, a divisão entre os irmãos ou a formação de facções no corpo de Cristo? O Espírito Santo é inequívoco sobre esse assunto: "Evita o homem faccioso, depois de admoestá-lo primeira e segunda vez" (Tito 3.10). "Noteis bem aqueles que provocam divisões e escândalos . . . afastai-vos deles" (Romanos 16.17).
              Seria bom que ficássemos avisados sobre algumas das coisas que podem levar à participação nessas impiedades. Nenhum de nós está imune contra a tentação de transformar a popularidade em orgulho, os elogios em transigência, o talento em tirania, as habilidades em vantagem e as aptidões em suposta superioridade. Alguns desejam ser mestres, "não compreendendo, todavia, nem o que dizem, nem os assuntos sobre os quais fazem ousadas asseverações" (1 Timóteo 1.7). Outras deviam ter crescido espiritualmente, mas não cresceram (1 Coríntios 3.1-3; Hebreus 5.12-14), permanecendo como crianças, carnais e sem desenvolvimento. Essa paralisia infantil cria um material ideal para o faccioso buscar um adepto.  Outros, com falta de coragem ou de convicções, dobram-se aos presbíteros teimosos, "dominadores dos que vos foram confiados" (1 Pedro 5.3), ou a algum Diótrofes autodesignado e servidor de si mesmo, a quem temem que vá expulsá-los da igreja (3 João 9-10).
                 "De onde me virá o socorro." Um apelo forte, firme e insistente para um "assim diz o Senhor" e para um compromisso pessoal com um ato autorizado, cada um de nós fazendo a nossa parte, fará muito para impedir a destruição da força e da unidade do corpo. 

 A indiferença, a frouxidão e a transigência da verdade contribuem para um sementeiro fértil para esses e outros erros ­ ao passo que a vigilância, o zelo junto com a convicção e a firmeza impedirão bastante o avanço deles em qualquer igreja ou indivíduo. 

                 Não é provável que qualquer pessoa que verdadeiramente "busque em primeiro lugar o reino de Deus (Mateus 6.33), que ame os santos, seus irmãos, "de coração . . . ardentemente" (1 Pedro 1.22) e que estime outros cristãos melhor do que ela (Filipenses 2.3) seja facilmente tomada pela dissensão, pela discórdia e pelas facções.  Isso seria incoerente!
                 Usando o plano de Deus, podemos acabar com tal iniquidade.  "Se há, pois, alguma exortação em Cristo, alguma consolação de amor . . . se há entranhados afetos e misericórdias . . . penseis a mesma cousa . . . nada façais por partidarismo ou vanglória, mas por humildade, considerando cada um os outros superiores a si mesmo" (Filipenses 2.1-4).

 A discórdia, a dissensão e as facções não podem ter sucesso num ambiente desse.
 Seja forte!

por Karl Diestelkamp - Pastor na Oak Grove Church Of Christ e com grifos meus.

sábado, 16 de setembro de 2023

Você está preparado?


                Você já parou para analisar os acontecimentos no mundo nestes últimos meses? Acredito que não há como não colocar a mão na cabeça e começar a olhar de uma maneira mais cuidadosa cada uma das catástrofes, manobras políticas mundiais, epidemias e muitas outras coisas que estão realmente assustando aqueles que não estão firmados em Jesus Cristo.
                Ninguém sabe exatamente quando ocorrerá o tão anunciado "fim do mundo", mas uma coisa é certa: Jesus contou quais seriam os sinais que seriam vistos que antecederiam esta data. Ele teve misericórdia ao nos revelar isso para que ficássemos preparados.
Abaixo estão apenas cinco sinais que anunciam que este tempo está mais próximo do que imagina.


FALSOS PROFETAS E FALSOS MESSIAS

 "Se, então, alguém disse: 'Vejam, aqui está o Cristo!' ou: 'Vejam, ali está ele!', não acreditem, Pois aparecerão falsos cristos e falsos profetas que realizarão sinais e maravilhas para, se possível, enganar os eleitos. Por isso, fiquem atentos: avisei-os de tudo antecipadamente." (Marcos 13.21-23) Não devemos acreditar em ninguém que diz ser Jesus. Quando Jesus vier, todos o verão em Sua glória. Também devemos tomar muito cuidado com aqueles que se dizem profetas. Se um profeta contradiz a Bíblia ou se desvia do verdadeiro evangelho, é um falso profeta. Vem para                                                               enganar.


Desastre natural (enchentes) que
varreu a Líbia esta semana

GUERRAS E DESASTRES NATURAIS

No evangelho de Lucas, Jesus disse, quando indagado sobre este assunto: "Nação se levantará contra nação. Haverá grandes terremotos, fomes e pestes em vários lugares e acontecimentos terríveis e grandes sinais provenientes do céu. " (Lucas 21.10-11).
Quantas guerras e desastres naturais estamos vivendo nos dias de hoje? As fomes, as guerras e todos os outros tipos de desastres só nos acendem um sinal de alerta: JESUS ESTÁ VOLTANDO!




Cristãos assassinados na
 Nigéria este ano são enterrados.
Grupo islâmico é o autor
        PERSEGUIÇÃO AOS CRISTÃOS
      
"Todos odiarão vocês por minha causa; mas aquele   que perseverar até o fim será salvo." (Marcos 13.13) 
        A tão conhecida "discriminação" é algo natural,   perto daquilo que muitos cristãos estão sofrendo   no mundo hoje. Muitos estão sendo presos e   torturados apenas por se declararem cristãos.   Igrejas fechadas e incendiadas e queimadas com   seus membros dentro, crentes assassinados nas   portas das igrejas por extremistas religiosos por que estão cultuando a       
                                                                  Deus. Você ainda pode dizer: "Mas isso não ocorre 
no Brasil!". Você está errado. Muitos pastores e homens de Deus estão sendo presos por apenas falarem a verdade declarada nas Santas Escrituras. Evangélicos estão sendo calados a força. Católicos impedidos até de segurarem um terço em suas mãos. A mensagem de Jesus gera desconforto e a perseguição só vai ser encerrada com Jesus aparecendo nos altos céus. Quem se manter fiel será recompensado grandemente!

Aborto - a discussão que mostra a profundidade
da maldade humana.

AUMENTO DA MALDADE
"Devido ao aumento da maldade, o amor de muitos se esfriará, mas aquele que perseverar até o fim será salvo." (Mateus 24.12-13).
A natureza humana apodrecida não vai sarar com o tempo. A decomposição continuará. A maldade irá aumentar muito e muitos ficarão sem amor. MAS AINDA HÁ ESPERANÇA! Jesus, O Amor em pessoa, está pronto para você que desejar sobreviver nestes últimos dias. A maldade não vencerá no final!


Cruzada Evangelística na África em maio deste ano - mais de
1 milhão de pessoas aceitaram Jesus como Salvador de suas vidas


A PREGAÇÃO DO EVANGELHO"E este evangelho do Reino será pregado em todo o mundo como testemunho a todas as nações, e então virá o fim." - Mateus 24-14
A perseguição não conseguirá nos impedir! O evangelho está sendo pregado em cada vez mais partes do mundo. Quanto mais o evangelho é proclamado, mais próxima fica a vinda de Jesus.

                   Por estes sinais e muitos outros que estão relatados nas Escrituras Sagradas, devemos estar preparados: Jesus já passou dos portais celestiais com seus anjos há muito tempo! Deus nos deu informações suficientes para que possamos estar preparados, e é isso que somos chamados a fazer enquanto nossos corações clamam: “Vem, Senhor Jesus” (Apocalipse 22.20). Devemos estar vigilantes e prontos, sabendo que ninguém sabe o dia ou a hora da volta de Cristo (Mateus 24.36), mas mantendo nossos olhos fixos em Jesus, o autor e consumador de nossa fé (Hebreus 12.2). Como cristãos, devemos estar sempre prontos para dar razão da esperança que temos (1 Pedro 3.15) e viver em santidade e retidão, sabendo que um dia prestaremos contas a Deus (2 Coríntios 5.10).


sábado, 1 de julho de 2023

QUEM ESTÁ NO CONTROLE SABE O QUE FAZ

 
Passagem no Evangelho de Marcos
Passagem do Evangelho de Marcos 4.35-41

                  Alguma vez já fostes surpreendido por uma tempestade? Assim como ocorre com o clima, também acontece com a nossa vida. Tudo pode se transtornar de uma hora para a outra e você então se lembrar de algumas verdades sobre a tempestade que irão te direcionar para um local seguro: ela é INEVITÁVEL - mais dia, menos dia, ela nos atingirá; é IMPREVISÍVEL - chega repentinamente. Uma enfermidade, um luto doloroso, um divórcio devastador, uma crise financeira; ela é também INADMINISTRÁVEL - transtorna tudo de forma a tirar o controle de nossas mãos, deixando tudo desgovernado e sem direção; ela é PEDAGÓGICA - é usada por Deus para TONIFICAR A MUSCULATURA DA NOSSA ALMA e para nos ensinar lições que não aprenderíamos em outro tempo.
                 Acompanhando o texto bíblico você notará que a narrativa está redigida sobre três perguntas: a dos discípulos para Jesus (v.38), a de Jesus para os discípulos (v.40) e a entre eles, os discípulos (v.41)
                 A primeira pergunta é a que fazemos em meio a angústia,  vulnerabilidade, diante das fraquezas, quando há um problema e não encontramos solução. É possível notar o tom de censura nesta primeira pergunta. Esse tom revela que coisas não estavam bem resolvidas na mente deles. Eles não conseguiram conciliar a obediência a ordem de Jesus, não entendiam a “demora” de Jesus em atender a urgência deles e não conseguiam conciliar a angústia sentida, com o silêncio de Jesus.
                   Quantas vezes, nas noites mais escuras da alma, já gritamos por socorro e parece que a nossa voz ecoa no espaço, nenhuma resposta chega. Saiba que quando Deus está em silêncio, não significa que ele está inativo. Ele não perde o controle. Ele está trabalhando e trabalhando por nós, não contra nós..
                    A Bíblia diz que Jesus então se levanta, repreende o vento, repreende o mar e há uma grande bonança e então vem a segunda pergunta que nos faz pensar: PORQUE ELES DEVERIAM TER FÉ E NÃO MEDO?  Há pelo menos quatro razões para isso.
                 1º - POR CAUSA DA PROMESSA DE JESUS no verso 35: “Passemos para a outra margem!  Se Jesus deu esta ordem, qual era o destino deles? A outra margem!

NA HORA DA TEMPESTADE LEMBRE-SE QUE PROMESSAS DE JESUS E REALIDADE É A MESMA COISA!

                 2º - POR CAUSA DA PRESENÇA DE JESUS COM ELES: aquele barco não poderia afundar com o Filho de Deus! JESUS nos prometeu:

 ESTOU CONVOSCO TODOS OS DIAS ATÉ A CONSUMAÇÃO DOS SÉCULOS!

                 3º - POR CAUSA DA PAZ DE JESUS: Ele dormia porque sabia que tudo estava sob controle!
                 4º - POR CAUSA DO PODER DE JESUS:
Marcos, propositadamente reúne ao redor desta mensagem quatro episódios que retratam o poder de Jesus:
1 - Nesta passagem... Jesus demonstra total poder sobre as leis da natureza. O vento escuta a Sua voz! O mar obedece ao Seu comando!
2 - Marcos 5.1 – Jesus expulsa uma legião demônios de um homem e o liberta mostrando o Seu poder sobre o maligno;
3- Marcos 5.25 – Jesus mostra o Seu poder sobre a enfermidade curando a mulher do fluxo de sangue. 

A ÚLTIMA PALAVRA NÃO É DA CIÊNCIA! NÃO É DA MEDICINA! MAS É DO DEUS VIVO!    

  4 - Marcos 5.41 – Jesus mostra o Seu poder sobre a morte ressuscitando a filha de Jairo. A MORTE ESCUTOU A VOZ DE JESUS E TEVE QUE OBEDECER!
            Chegamos à última pergunta. Imagine Jesus dando as ordens ao vento e às águas. Se coloque ali. Parado. Em pé no barco, sobre um mar sereno. Você está totalmente molhado e assustado junto com os discípulos e alguém começa a indagar com santa reverência: “Quem é esse que o vento e o mar lhe obedecem”? Então poderíamos responder:  Esse é Aquele que sustenta todas as coisas pela palavra de Seu poder, é o Maravilhoso, Conselheiro, Deus forte, Pai da Eternidade, o Príncipe da Paz, é o Pão da Vida, a Luz do mundo, a Porta das Ovelhas, O Bom Pastor, a Ressurreição e a Vida e ninguém vai ao Pai a não ser por Ele. Esse é Aquele que foi pregado na cruz, naquele leito vertical da morte, transformando aquela cruz de horror no instrumento de nossa salvação. Esse é Aquele que ressuscitou gloriosamente. Esse é Aquele que vai voltar pessoalmente, visivelmente, audivelmente, repentinamente, inesperadamente e gloriosamente!

QUEM É ESSE ?  ESSE É AQUELE QUE DIZ PRA VOCÊ E PRA MIM: VOCÊ NÃO PRECISA TER MEDO! VOCÊ PODE TER FÉ!