segunda-feira, 15 de novembro de 2010

A mais nova invencionice gospel: O culto do caixão.


Por Renato Vargens


Há pouco fiquei sabendo que uma rádio evangélica anunciou que um grupo de neopentecostais tinha inventado uma nova modalidade porfética:  " O culto do caixão. " Segundo esta funesta prática,  o "irmão" que por algum motivo foi ofendido por alguém, coloca numa caixa os nomes dos inimigos e leva para a igreja orando a DEUS por vingança.
Pois é, tal doutrina, parte pelo pressuposto que o cristão em nome de Deus tem o poder de amaldiçoar outras pessoas através da oração positiva e determinante. Em outras palavras, tal ensinamento afirma categoricamente que aqueles que agem desta maneira, podem rogar ao Senhor da glória o aparecimento de desgraças e frustrações na vida de seus desafetos, determinando assim a desventura alheia.

Em nome de Deus, tais pessoas rogam “pragas e desgraças” para aqueles que em algum momento da vida se contraporam a seus sonhos e vontade. É nesta perspectiva, que tem emergido em nossas comunidades o toma-la-dá-cá evangélico. Basta o chefe no trabalho ser um pouco mais chato pra se orar contra ele, ou até mesmo alguém discordar da forma do pastor conduzir o rebanho, que lá vem maldição.

Em certas igrejas a palavra “rebeldia” tem sido usada para todo aquele que foge dos caprichos fúteis de uma liderança enfatuada. Em tais comunidades, discordar do apóstolo ou profeta quase que implica com que o nome seja colocado na “boca gospel do sapo”.

Ahhhhhhhhhhhhhh! Só de imaginar situações como estas chego a suspirar profundamente! Confesso que tal procedimento me deixa absolutamente estupefato!

À luz disso, não tenho a menor dúvida em afirmar que comportamentos como estes não ficam a dever em nada aos trabalhos de macumba e vodu que são feitos nas esquinas e encruzilhadas deste Brasil varonil. Infelizmente parte da igreja evangélica mergulha em alta velocidade no buraco da sincretização, deixando para trás valores, virtudes e princípios onde a afetividade e o amor deveriam ser marcas indeléveis de uma comunidade que conhece a Cristo.

Que Deus tenha misericórdia de seu povo!

Renato Vargens

terça-feira, 9 de novembro de 2010

Um estudo profético: os falsos profetas tentam acertar


Já utilizamos o texto de 2 Pedro para identificarmos a falsa profecia. Vamos, neste artigo, dar mais algumas contribuições para esta identificação, utilizando Deuteronômio 18,21-22:

Se disseres no teu coração: Como conhecerei a palavra que o SENHOR não falou?
Sabe que, quando esse profeta falar em nome do SENHOR, e a palavra dele se não cumprir, nem suceder, como profetizou, esta é palavra que o SENHOR não disse; com soberba, a falou o tal profeta; não tenhas temor dele.

Esta é a forma mais fácil e contundente de se identificar uma falsa profecia: constatar se ela se cumpriu.
Já vimos um exemplo no artigo anterior desta série, em que Valnice Milhomens profetizou a volta de Jesus em um sábado de 2007. Mas quero ir um pouco além agora...
Os falsos profetas têm suas artimanhas: já perceberam que profecias assim, tão específicas, são facilmente comprovadas depois de seu "prazo de validade". Portanto, a ordem atual é ser genérico e dar espaço para diferentes situações.
Mais um exemplo de Valnice Milhomens, agora nas eleições 2010:


Eu não sou profeta, mas adianto aqui: se um dia houver um presidente evangélico, Valnice dirá que profetizou sobre sua eleição.
Perceba que o rapaz quer uma especificação da profecia: o governo deste presidente evangélico será imediatamente depois do PT? Valnice se esquiva em sua resposta. Por que? Para acertar de qualquer maneira...
Veja: se o presidente evangélico for eleito no próximo pleito eleitoral, Valnice dirá que ele veio depois do governo do PT. Se o presidente evangélico for eleito daqui a 20 anos, Valnice dirá que ele veio depois do governo do PT. É apenas uma questão de lógica, não de profecia.
Um profeta verdadeiro de Deus não precisa de subterfúgios para acertar. E outro ponto: Deus não utiliza "meia profecia", como Valnice alega no Twitter. Se Deus quer que seu povo saiba ou seja ensinado através da profecia, por que Ele não revelaria tudo?


Resumo
Deuteronômio 18,21-22 nos ensina que:
  • se a profecia não se cumprir, não veio da parte de Deus
  • não devemos temer os falsos profetas